Economia

Donos de postos ainda não sabem se conseguirão reduzir preço de combustíveis no ES

Na semana passada, a Petrobras anunciou sua nova política de preços de combustíveis, que prevê redução média de 2,7% no valor do diesel e de 3,2% no da gasolina

Segundo Sindipostos, alteração no valor dos combustíveis depende de uma série de fatores Foto: ​TV Vitória

Após o anúncio sobre a nova política de preços de combustíveis da Petrobras, que prevê redução média de 2,7% no valor do diesel e de 3,2% no da gasolina, donos de postos de gasolina do Espírito Santo ainda não sabem se conseguirão repassar esse novo valor ao consumidor final. 

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Estado do Espírito Santo (Sindipostos-ES), não é possível afirmar se haverá alteração do preço dos combustíveis para o consumidor e de quanto será essa redução. 

Isso porque, segundo o sindicato, essa alteração de valor depende de uma série de fatores, como o preço de repasse desse combustível pelas distribuidoras. Além disso, de acordo com o Sindipostos, os governos estaduais poderiam aproveitar para embutir algum aumento de pauta no ICMS, o que é bastante comum.

Além disso, o sindicato ressaltou que o mercado é livre e, portanto, cada revendedor estabelece o seu preço de venda de acordo com seus custos e estratégias de mercado.

De acordo com a proprietária do posto Moby Dick, na Praia da Costa, em Vila Velha, Luciana Roubach, a Petrobras ainda não repassou a redução do preço da gasolina para o estabelecimento. Pelo contrário, está sendo fornecida por um valor ainda maior.

"Com a alta do preço do álcool, o valor da gasolina que recebemos aumentou em vez de diminuir. Certamente se recebessemos uma gasolina com um preço menor, repassaríamos essa diminuição ao consumidor, mas não foi o que aconteceu", frisou.

Apesar da indefinição quanto a uma possível redução do preço dos combustíveis no Estado, o Sindipostos considera altamente positiva a notícia de que a Petrobras está mudando a sua política de preços e que levará em consideração a paridade internacional. 

"Um grave erro do passado está sendo corrigido, mas ainda há uma grande disparidade, com os preços praticados aqui 30% acima dos mercados internacionais. É inaceitável que os preços no nosso país estejam desalinhados com o resto do mundo, sendo mantidos artificialmente com objetivos eleitoreiros e populistas. Queremos crer que agora o setor de combustíveis no Brasil entre de vez nos trilhos", destacou o diretor de Comunicação e Financeiro do Sindipostos-ES, Nerleo Caus.

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