Economia

'Estou fazendo minha parte por menos poluição', diz taxista sobre carro elétrico

Há um ano e meio, quando decidiu trabalhar como taxista, Vinícius do Espírito Santo, de 24 anos, decidiu comprar um carro elétrico E6, da marca chinesa BYD, atraído pelo conforto do sedã, pelo silêncio ao dirigir e por "poder fazer a minha parte para reduzir a poluição". Ele tem seu ponto em frente a um hotel na região da Avenida Paulista e afirma ter clientes cativos que o procuram só porque gostam desse diferencial.

Segundo ele, seus colegas de trabalho gastam em média R$ 2,8 mil a R$ 3 mil por mês com combustível. "Eu gasto muito pouco, pois costumo carregar a bateria gratuitamente no estacionamento de um supermercado". Com a economia, diz, consegue pagar as prestações do carro, adquirido em 60 parcelas.

O Brasil tem cerca de 150 postos de recarga rápida em estacionamentos de shoppings e supermercados - a maioria em São Paulo -, que oferecem a energia gratuitamente. A partir do próximo ano, porém, entrará em vigor norma que regula a cobrança da eletricidade e cada estabelecimento poderá taxar o serviço, caso deseje.

A maioria dos postos foi instalada pela BMW e a BYD, em parceria com companhias de energia elétrica e centros comerciais. A Volvo tem planos de instalar mais 250 até 2019.

Recargas rápidas, que carregam até 80% da bateria, podem ser feitas em cerca de meia hora. O carro de Vinícius precisa de 2 horas para carregamento total. "Às vezes deixo carregando e vou almoçar, ou então fico dormindo dentro dele".

Guincho

Como usa o carro principalmente na região de São Paulo, o taxista diz que não costuma ter problemas. "Só uma vez a energia acabou e tive de chamar o guincho."

Edgard Escobar, presidente da Abravei, tem um BMW i3 há dois anos e afirma que já viajou até para a Argentina e não teve problemas. Seu carro é híbrido plug-in e tem um pequeno tanque de gasolina que pode gerar a energia necessária para a bateria.

Entre as vantagens do carro, Escobar cita a economia. "Antes eu gastava R$ 800 por mês com gasolina e agora gasto no máximo R$ 50 com energia". Segundo fabricantes, o gasto para rodar com um carro elétrico é um terço menor do que um a gasolina ou a etanol. A manutenção também é mais barata pois não há troca de itens como filtros e óleo. Também tem a questão ambiental. "Em dois anos deixei de emitir toneladas de CO2." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.