Economia

FGV reduz projeção para IPC-S em 2019 de 3,7% para 3,5% no Brasil

No acumulado dos 12 meses até outubro, o IPC-S registra taxa de 2,93% e os núcleos do indicador, mais sensíveis à atividade econômica, de 3,22%

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Pixabay

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, cortou suas projeções para o indicador em 2019 em 0,2 ponto porcentual, de 3,7% para 3,5%, após o resultado deflacionário de outubro (-0,09%). Segundo o economista, o nível da atividade observado deve garantir a inflação sob controle, afastando possibilidades de pressões no nível de preços.

No acumulado dos 12 meses até outubro, o IPC-S registra taxa de 2,93% e os núcleos do indicador, mais sensíveis à atividade econômica, de 3,22%.

"Tudo que observamos vai ao encontro da visão do Banco Central (BC) de inflação muito comportada e sem reversão significativa de tendência no horizonte visível", diz Picchetti.

Os produtos industrializados, por exemplo, acumulam variação de apenas 0,46% no período, o menor patamar observado para o grupo no IPC-S desde abril de 2007. Mesmo os preços administrados, cuja taxa acumulada é de 6,24% - mais do que o dobro do índice como um todo - , operam no nível mais baixo desde dezembro de 2013.

Mesmo assim, o indicador deve registrar, em novembro, variação positiva de 0,25%, impulsionado pelo aumento esperado na tarifa de energia elétrica com a volta da bandeira vermelha 1. O item foi o principal responsável pela deflação de outubro, com variação negativa de 3,33%, puxando o grupo de habitação para baixo (-0,40%).

O grupo de Alimentação também parece estar mostrando uma recomposição dos preços, com arrefecimento da taxa de deflação de -0,67% em setembro para -0,28% em outubro.

Nesta divulgação, as hortaliças e legumes foram as principais responsáveis pela reversão da taxa mas, segundo Picchetti, não é possível afirmar a intensidade da tendência neste caso, por causa da volatilidade dos preços. O tomate, por exemplo, teve alta de 6,84% em outubro mas, na ponta, já registra deflação de 10%.

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