Economia

Magazine Luiza testará retirada de produtos do e-commerce em lojas

Redação Folha Vitória

São Paulo - O Magazine Luiza inicia no próximo ano testes de projetos para sinergias entre as lojas físicas e o comércio eletrônico, informou o diretor de operações, Frederico Trajano, nesta quarta-feira, 10. O executivo ressaltou que em 2014 a empresa investiu no compartilhamento de centros de distribuição e o próximo ano deve ser de iniciativas, como a retirada na loja de produtos comprados no site e uso dos "lockers", armários onde as mercadorias podem ser retiradas.

As iniciativas, usadas no mercado como forma de reduzir custos e tempo de frete, começarão em projetos piloto, disse Trajano. Segundo ele, a companhia vai testar no próximo trimestre a retirada de itens em 20 lojas. Ainda há projetos de informar pelo site a disponibilidade de estoque das lojas e de fazer entregas de pedidos feitos pelo site com estoque da unidade mais próxima. Trajano ainda afirmou o trabalho em parceria com os Correios para disponibilização dos "lockers". Ele não deu mais detalhes do projeto.

O executivo destacou que, até o momento, a companhia se concentrava na integração dos centros de distribuição, que desde meados deste ano tem a capacidade de entregar produtos vendidos pela internet. Antes, todas as entregas eram feitas de São Paulo. Trajano afirmou que isso reduziu em 70% o tempo e custo de frete. Segundo ele, hoje o tempo de frete é mais baixo que o da concorrência.

IPI

A presidente do Magazine Luiza descartou que deva haver mudanças drásticas nas políticas de incentivos ao consumo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Luiza Helena afirmou que a redução de IPI para itens essenciais deve ser permanente. Ela citou as máquinas de lavar.

A executiva considerou que, para algumas categorias, é possível que haja uma pequena elevação de IPI, mas afirmou que o efeito para o varejo não deve ser significativo. "Acredito que em móveis pode ser que suba 1%, mas é uma coisa que não afeta as vendas", declarou.

Luiza Helena respondeu a pergunta de um analista durante evento da companhia com investidores em São Paulo. Ela foi questionada sobre se a necessidade de ajustes na gestão das contas públicas poderia levar ao fim de incentivos como o IPI reduzido ou o programa Minha Casa Melhor, de crédito subsidiário aos mutuários do Minha Casa, Minha Vida.

"O que eu tenho conversado com o governo é que eles vão mexer nos gastos públicos, mas não vão atrapalhar o consumo", disse a executiva.

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