Economia

BC reduz previsão de crescimento do PIB em 2017 para 0,8%

Redação Folha Vitória

Brasília - O Banco Central (BC) reduziu para 0,8% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. No relatório anterior, a projeção era de alta de 1,3%. A projeção é inferior à que foi usada na elaboração do Orçamento do ano que vem, de alta de 1%.

As projeções constam no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na manhã desta quinta-feira, 22, pelo BC. Para 2016, o banco previu agora queda de 3,4% do PIB, ante recuo de 3,3% previsto no relatório de setembro. Segundo o BC, a revisão do PIB do ano que vem reflete a retomada da atividade econômica mais demorada e gradual que a antecipada previamente.

Entre as componentes do PIB para o próximo ano, o BC projeta crescimento de 0,6% do setor industrial, expansão de 4% no setor agrícola e alta de 0,4% para o segmento de serviços. Antes, as previsões eram de alta de 1,5% para a indústria, de 3,5% para a agropecuária e de 0,9% para serviços.

No lado da demanda, o BC estima que o consumo das famílias vá acumular aumento de 0,4% em 2017, ante elevação de 0,8% projetada antes. O consumo do governo terá expansão de 0,5%, mesma estimativa do relatório anterior.

O documento desta quinta-feira indica ainda que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento na economia - deverá ter expansão de 0,5% em 2017. No relatório de setembro, a expectativa era de alta de 4,0%.

Inflação

O Banco Central manteve as projeções para a inflação do próximo ano no cenário de mercado. Segundo o RTI, o cenário de mercado prevê Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,7% em 2017. Essa é a mesma previsão da mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada em 6 de dezembro. No relatório de inflação de setembro, o BC esperava alta da inflação oficial de 4,9% pelo cenário de mercado.

Para 2016, o cenário de mercado indica que o IPCA ficará em 6,5%, e não mais em 6,6% como constava na mais recente ata do Copom ou nos 7,3% previstos no documento de setembro. Com isso, a inflação oficial ficaria no limite superior de tolerância da meta, cujo centro é 4,5%.

O cenário de mercado utiliza como parâmetros as previsões dos analistas, contidas no Relatório de Mercado Focus, para a taxa de câmbio e os juros no horizonte da previsão.

O RTI divulgado trouxe ainda a previsão para a inflação acumulada em 2018 pelo cenário de mercado. De acordo com a estimativa publicada pela instituição, a inflação será de 4,5%. Na ata do último encontro do Copom e no relatório de setembro, o porcentual projetado era de 4,6%.

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