Economia

Leilão movimenta R$ 108,463 bi em contratos de fornecimento de energia

A fonte térmica a gás natural foi a que mais vendeu energia, um total de 409,996 milhões MWh, a R$ 213,46/MWh, o que corresponde a um deságio de 33% em relação ao preço inicial de R$ 329,00/MWh

A fonte eólica vendeu um total de 121,286 milhões de MWh, ao preço médio de R$ 98,62/MWh, o que corresponde a um deságio de 64,2%

São Paulo - O leilão de Energia Nova A-6, operacionalizado na manhã desta quarta-feira, 20, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), foi encerrado após duas horas e quinze minutos de negociações, movimentando um total de R$ 108,463 bilhões, com a contratação de 572,518 milhões de megawatt-hora (MWh), ao preço médio de R$ 189,45/MWh. Um total de 63 projetos foram envolvidos.

A fonte térmica a gás natural foi a que mais vendeu energia, um total de 409,996 milhões MWh, a R$ 213,46/MWh, o que corresponde a um deságio de 33% em relação ao preço inicial de R$ 329,00/MWh.

Já a fonte eólica vendeu um total de 121,286 milhões de MWh, ao preço médio de R$ 98,62/MWh, o que corresponde a um deságio de 64,2%.

A fonte térmica a biomassa comercializou um volume de 22,484 milhões de MWh, ao preço médio de R$ 216,82/MWh, deságio de 34%, enquanto a fonte hídrica vendeu 18,751 milhões de MWh, a R$ 219,20/MWh, com desconto de 22% em relação ao preço inicial de R$ 281/MWh.

Potência contratada

Um total de 63 projetos de geração de energia foram contratados no leilão A-6 realizado na manhã desta quarta-feira. Juntos, esses empreendimentos somam 3,841 mil megawatts (MW) de potência, ou 2,930 mil MW médios de garantia física. Para saírem do papel, tais empreendimentos consumirão R$ 13,94 bilhões em investimentos, segundo dados da CCEE.

Quando estiverem prontos e iniciarem o fornecimento, o que deve ocorrer em janeiro de 2023, receberão, juntos, uma receita fixa anual de R$ 2,566 bilhões, segundo dados disponibilizados pela CCEE, que operacionalizou o leilão.

Dentre os projetos contratados, 49 são eólicos, 6 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), 6 térmicas a biomassa e duas termelétricas a gás natural.

A maior parcela de potência contratada, no entanto, ficou a cargo de projetos térmicos a gás. Foram contratados o Vale Azul II, de 466 MW de potência, e a Porto do Açu III, de 1,672 MW, ambos localizados no Rio de Janeiro.

Já a potência eólica total contratada somou 1,386 mil MW. Entre os empreendedores vencedores estão nomes como Ômega, Voltalia, Enel e EDP, com projetos no Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Bahia, Paraíba e Maranhão.

Na fonte térmica a biomassa, foram contratados seis projetos, que utilizam como combustível bagaço de cana ou cavaco de madeira, somando 177 MW. As usinas serão localizadas em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Por fim, as PCHs somam 139 MW de potência e serão instaladas em rios localizados nos estados de Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás.

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