Economia

Coordenador da Samarco diz em reunião pública que o retorno deverá ser em 2020

O encontro que debateu sobre o retorno da Samarco aconteceu na Câmara Municipal de Vereadores de Guarapari na noite de ontem (12) e trouxe informações sobre a volta da empresa às atividades.

Aline Couto

Redação Folha da Cidade
Foto: Aline Couto

Com o objetivo de apresentar à população os planos de retorno da Samarco, o encontro contou com a presença do coordenador de relações institucionais da empresa, Rodolpho Samorini Filho, da analista de comunicação da Samarco, Fabíola Boghi, do representante da Secretaria de Turismo, Empreendedorismo e Cultura de Guarapari e dos parlamentares Denizart Zazá (PSDB), proponente da reunião, e Marcos Grijó (PDT).

Durante a apresentação, o coordenador da Samarco apresentou slides e vídeos mostrando a história da empresa e seus números quando em funcionamento. Apontou o que vem sendo feito para o retorno das atividades, projeções futuras e ações socioambientais. “Estamos muito focados no processo de reparação e compensação dos impactos que foram gerados pelo rompimento da barragem. Também estamos trabalhando com as perspectivas de retorno através de um processo novo de licenciamento de uma cava onde será depositado o material oriundo do processo de mineração e um licenciamento operacional corretivo em razão da suspensão da licença de Complexo Germano, região entre Ouro Preto e Mariana. São várias etapas para concluir, processos longos de licenciamentos. Também temos um projeto de prontidão operacional, que é olhar as estruturas mais afetadas pelas mudanças climáticas. Tudo sendo feito para um retorno de forma segura, na expectativa de gerar os benefícios econômicos esperados pela volta da empresa”.

Foto: Aline Couto
Coordenador de relações institucionais da empresa, Rodolpho Samorini Filho.

Sobre ações sociais, Rodolpho, morador de Guarapari, explicou que a Fundação Renova vem administrando todas as ações e audiências públicas para atender aos anseios das localidades impactadas. “A Renova foi um termo de transação e ajustamento de conduta firmado em 2016. São 40 programas socioeconômicos e socioambientais dedicados aos trabalhos de recuperação dos locais afetados”, descreveu.

O proponente da reunião, vereador Zazá, relatou que a reunião também serviu para mostrar que os vereadores de Guarapari estão preocupados e esperançosos com relação a retorno da Samarco. “É uma empresa de grande importância. Temos pouca oferta de emprego em Guarapari, somente o turismo não supri essa demanda. O fechamento e as demissões da empresa trouxeram prejuízos para várias famílias e isso refletiu muito no nosso município”.

Segundo o parlamentar, a Câmara está sempre acompanhando os trabalhos da Fundação Renova na recuperação dos rios e cidades atingidas. “A empresa tem que indenizar as famílias afetadas e tentar voltar ao cotidiano, muitos dependem da Samarco. O retorno dela irá gerar mais recursos para recuperação das bacias, dos rios e cidades prejudicadas pelo rompimento da barragem. Ela fechada só piora a situação”, finalizou.

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