Economia

Mercado imobiliário capixaba deve voltar crescer no segundo semestre, afirma empresário

Francisco Rocha

Foto: Divulgação

A crise econômica que atinge o país também afeta empresas capixabas que atuam no mercado imobiliário. Neste cenário, para conseguir manter bons resultados e o mesmo padrão de vendas é preciso de adaptar a uma nova realidade.

Para falar sobre a situação atual do mercado imobiliário no Espírito Santo, o Jornal Online Folha Vitória conversou com o empresário Francisco Rocha, dono da imobiliária Francisco Rocha Imóveis, que também comenta sobre as expectativas para o setor.

Folha Vitória: Como o mercado imobiliário do Espírito Santo se adaptou para enfrentar este momento de crise?
Francisco Rocha: No caso da Francisco Rocha, hoje temos uma carteira de imóveis prontos que vai de 3,500 a 4.000. Temos mais tempo no mercado imobiliário, já são mais de 40 anos, e, por isso, temos valores distintos. Quando começou a crise, em 2014, nossa empresa era voltada para lançamentos. Em 100% das vendas, 70% eram lançamentos e 30% eram de imóveis prontos. Hoje já vendemos 90% de imóveis prontos, de terceiros. Mas queremos voltar ao segmento de antes. Temos apartamentos variados em que o comprador pode pagar por financiamento ou com a construtora. Estamos batendo de frente com a crise. Não podemos dar moleza, Precisamos nos movimentar.

F.V: Qual a situação atual do mercado imobiliário do Espírito Santo?
F.R: O mercado está meia bomba. Um mercado depende do profissional de vendas, que precisa saber lidar com situações novas para buscar o cliente. O comprador está em busca de condições de pagamento e um preço menor. Hoje trabalhamos com uma parceiros exclusivos, com o preço de imóveis e condições de pagamento para o novo comprador.

F.V: Quem seria este novo comprador?
F.R: O novo comprador é um casal que tem o sonho de ter um apartamento de três quartos, que são casais com filhos; uma família em uma situação melhor que procura mais opções de lazer; ou qualquer um que sonha em ter um primeiro apartamento. O mercado não para. Precisamos buscar novas situações para o comprador. Queremos realizar o sonho. A vida é um ciclo e é preciso realizar sonhos.

F.V:  Quais as perspectivas para o futuro do mercado imobiliário?
F.R: As pessoas estão muito receosas de perder o emprego e isso atrapalha o futuro comprador de realizar o sonho. Acredito que este segundo semestre será melhor para o mercado. Já estamos começando a ver uma luz no fim do túnel. A atual equipe de governo é bem preparada e acredito que as coisas já estão entrando nos trilhos.

F.V:  Quais regiões devem crescer e favorecer o mercado imobiliário?
F.R: A Grande Vitória é uma metrópole que está crescendo. Vejo a região de Itaparica, em Vila Velha, com uma perspectiva de crescimento muito grande. Uma situação que está para acontecer é a conclusão da [rodovia] Leste-Oeste, que pode causar um rebuliço imobiliário. Isso vai ser um marco para o Estado, pois desemboca toda a região Sul e Serrana do Estado para morar em Vila Velha. A rodovia pode movimentar muito esta região.

F.V:  Para quem alguma reserva de dinheiro, este seria um bom momento para investir em imóveis?
F.R: Este é o momento. A hora é essa e não vai existir outra hora como esta. O comprador nunca teve uma oportunidade tão boa como está tendo agora. Já temos segmentos que estão caminhando e estamos trabalhando com criatividade para atender a esse público.

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