Economia

Desemprego cai, mas 282 mil continuam sem carteira assinada no ES

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira

A taxa de desemprego no Espírito Santo diminuiu no segundo trimestre de 2017, mas ainda registra 282 mil capixabas desempregados, o que representa 13,4% da população. Nos três primeiros meses do ano, o número de desempregados no Estado era de 294 mil. No entanto, no mesmo período de 2016, a taxa de desemprego no Espírito Santo era de 11,5%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa também apontou que o número de empregados no setor privado com carteira assinada, registrou um aumento de 2,3%, passando de 638 mil, no primeiro trimestre, para 653 mil no segundo. Já a taxa de emprego sem carteira assinada aumentou 8,5%, passando de 182 mil para 198 mil no mesmo período de comparação. Os números incluem os trabalhadores domésticos, que registrou alta de 17,2%, o que representa 115 mil capixabas.

Os trabalhadores autônomos também aumentaram no Espírito Santo, passando de 433 mil nos três primeiros meses do ano, para 462 mil no segundo semestre. O que representa 6,6% de aumento na taxa. O aumento de 10,5% foi registrado no número de empregadores, sendo 96 mil. Antes, o número era de 87 mil.

Em todo o país, o desemprego fechou o segundo trimestre do ano com retração em 11 das 27 unidades da federação. Houve quedas em todas as grandes regiões. A exceção foi o Nordeste onde, embora tenha havido retração de 16,3% para 15,8%, técnicos consideram que há estabilidade. A pesquisa apresenta como destaques as regiões Norte, onde a taxa de desocupação caiu de 14,2% para 12,5% e Centro-Oeste, com recuo de 12% para 10,6%.

Os dados indicam que o desemprego no Sudeste passou de 14,2% para 13,6%, e no Sul, de 9,3% para 8,4%. Em Pernambuco, a taxa passou de 17,1% para 18,8% e em Alagoas subiu de 17,5% para 17,8%. Já as menores taxas ocorreram em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). Para o total do país, o desemprego caiu de 13,7% para 13%.

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, “nos estados onde houve aumento da desocupação não foram geradas vagas suficientes para dar conta do crescimento da procura pelo emprego”.

Os dados indicam que a população ocupada no segundo trimestre deste ano, de 90,2 milhões de pessoas, era integrada por 68% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,6% de empregadores, 24,9% de pessoas que trabalham por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares.

Nas regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões.

No segundo trimestre de 2017, 75,8% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Nordeste (60,8%) e Norte (59%) apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 30,6% deles tinham carteira de trabalho assinada.

Já a taxa de rendimento médio real de todos os trabalhos fechou o segundo trimestre em R$ 2.104, enquanto a massa de rendimento médio real ficou estável em R$ 185,1 bilhões.

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