Economia

IBGE: queda na alimentação do domicílio tem impacto da safra e da demanda fraca

O grupo Alimentação, que responde por 25% das despesas das famílias, deu uma contribuição de -0,12 ponto porcentual para o IPCA de 0,24% de julho

Rio - As famílias gastaram menos com alimentação em julho, pelo terceiro mês consecutivo. O grupo Alimentação e Bebidas saiu de uma queda de 0,50% em junho para um recuo de 0,47% no último mês, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Tem impacto da safra, mas também tem o componente da demanda. As pessoas estão segurando mais para comprar. Alimentação é algo que a gente precisa, mas a gente acaba comprando o que precisa prioritariamente. O consumidor troca a marca da massa que ele consumia pela outra marca mais barata", explicou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE.

O grupo Alimentação, que responde por 25% das despesas das famílias, deu uma contribuição de -0,12 ponto porcentual para o IPCA de 0,24% de julho.

Os alimentos para consumo em casa ficaram 0,81% mais baratos, com variações que foram desde uma queda indo de 1,80% em Goiânia até aumento de 0,06% em Brasília. Já a alimentação fora de casa aumentou 0,15% no último mês, resultado de variações como a queda de 0,32% na região metropolitana do Rio de Janeiro até o aumento de 1,71% em Goiânia.

Segundo o IBGE, a maioria dos alimentos ficou mais barato na passagem de junho para julho, como a batata-inglesa (-22,73%), leite longa vida (-3,22%), frutas (-2,35%) e carnes (-1,06%). Na direção oposta, as famílias pagaram mais caro pelo tomate (16,90%) e pela cebola (11,70%).

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