Economia

Ufes inaugura novo laboratório de pesquisas em produção de petróleo

O laboratório vai proporcionar o desenvolvimento de pesquisas sobre circuitos de escoamento necessário para experimentos em outras áreas

O novo prédio do Núcleo de Estudos em Escoamento e Medição de Óleo e Gás (Nemog), do Centro Tecnológico da Ufes, no campus de Goiabeiras, foi inaugurado na manhã desta quarta-feira (27). O laboratório é o maior do país e funcionará o galpão de loop – testes com óleo mineral, água e ar comprimido que simulam o escoamento de petróleo.

Ao todo, o local tem 500 metros quadrados e foi construído por meio de um convênio entre a universidade e a Petrobras, além de ter autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Na prática, o laboratório vai proporcionar o desenvolvimento de pesquisas sobre circuitos de escoamento necessário para experimentos em outras áreas.

De acordo com o professor Rogério Ramos, coordenador do Nemog, o núcleo é uma instalação acadêmica de ensino e pesquisa, com capacidade de atender demandas externas. Segundo ele, o Nemog vai proporcionar o desenvolvimento de pesquisas sobre circuitos de escoamento, necessários para experimentos em outras áreas. “O Nemog estará apto a testar diferentes tecnologias de medidores de vazão, e poderá ser adaptado a outros testes com medidores de nível, detectores de interface, válvulas de segurança e de alívio, por exemplo”, ressalta.

Em entrevista ao programa ES no Ar, da TV Vitória/Record TV, desta quarta-feira, o professor explicou que o novo laboratório vai ajudar a contabilizar a produção das empresas em questão. "Em um caixa de supermercado, por exemplo, quando se passa um produto, já é feita essa contabilidade de produção. Na indústria não tem como enxergar isso, porque está dentro de um tubo. Às vezes as misturas são muito complexas e o comportamento de medição de cada fase ainda é um desafio tecnológico mundial a ser vencido e nós estamos colaborando com esse esforço", disse.

Ramos também destacou a importância de um projeto como este para o apoio à tecnologia, mesmo em um momento no qual a universidade passa dificuldades econômicas. "O desafio se torna maior, mas continua existindo. Quem precisa da produção e contabilidade dos royalties não pode parar de receber e contabilizar por causa da crise", afirmou.




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