Economia

PMI composto do Brasil avança a 51,1 pontos em setembro, diz IHS Markit

A pesquisa mostra que os empresários estão com melhor percepção das condições de demanda, com o aumento de novos negócios. Mas a instituição destaca que há capacidade ociosa nas empresas, o que é observado com a diminuição dos pedidos em atraso

São Paulo - O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil, que inclui os setores de serviços e industrial, avançou de 49,6 em agosto para 51,1 pontos em setembro, atingindo o nível de expansão (acima de 50 pontos) pela primeira vez desde maio, informou nesta quarta-feira, 4, a IHS Markit. O dado de serviços, também divulgado nesta mesma data, subiu para 50,7 pontos, de 49 pontos - acima de 50 pela primeira vez desde abril. O PMI industrial manteve o mesmo nível do oitavo mês do ano, de 50,9 pontos, conforme divulgado na última segunda-feira, 2.

"É encorajador ver os provedores de serviços juntarem-se aos seus pares no setor industrial e registrarem um crescimento no volume de produção em setembro", comemora a economista da instituição Pollyanna de Lima. "Ao analisar a tendência em três meses para o Índice Consolidado de dados de produção, fica claro que as empresas do setor privado tiveram um período comparativamente melhor no terceiro trimestre. Com a leitura média sendo a mais alta em três anos e meio, é provável que o PIB continue aumentando em relação ao crescimento de 0,2% relatado no segundo trimestre de 2017", completa a economista da IHS Markit.

A pesquisa mostra que os empresários estão com melhor percepção das condições de demanda, com o aumento de novos negócios. Mas a instituição destaca que há capacidade ociosa nas empresas, o que é observado com a diminuição dos pedidos em atraso.

No setor de serviços, ainda foi registrada redução do quadro de funcionários. As empresas, porém, se revelaram otimistas em relação às perspectivas para os negócios no próximo ano graças às melhores condições econômicas, expectativa de um avanço maior da demanda e de novas propostas.

"Os aumentos contínuos na quantidade de novos trabalhos criam uma imagem mais positiva em relação ao atual clima de demanda em todo o Brasil, com uma melhora no grau de sentimento também prognosticando progresso para as perspectivas de negócios", analisa Pollyanna.

Os indicadores de preços mostraram pressão persistente sobre as margens de lucros das empresas em setembro. O aumento dos combustíveis elevou o custo dos insumos, mas não houve repasse para os preços de serviços ou de mercadorias, diz a IHS Markit.

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