Economia

Com atividades paralisadas há dois anos, Samarco demite mais 600 funcionários

Empresa já chegou a empregar seis mil trabalhadores, entre empregos diretos e indiretos

A Samarco informou que  vai reduzir seu quadro de empregados de 1.735 para 1.135 até dezembro de 2017. A informação foi repassada pela empresa aos Sindicatos Metabase Mariana (MG) e Sindimetal (ES) durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (16), A empresa está com as atividades paralisadas há dois anos, e não há previsão quanto à data de retorno das operações, que deverá ser gradual, com utilização inicial de 26% da capacidade produtiva.

Empregados

Antes do rompimento de Fundão, a Samarco empregava cerca de 6 mil pessoas, sendo 3 mil empregados diretos e 3 mil indiretos. Hoje, são 1.800 empregados, dos quais cerca de 800 estão com os contratos de trabalho suspensos (layoff). O atual período de layoff teve início em 1º de junho deste ano, com duração de cinco meses. No dia 23 de outubro passado, os empregados da Samarco aprovaram, em assembleias realizadas pelos sindicatos Metabase (Mariana/MG) e Sindimetal (ES), a continuidade do layoff por mais cinco meses (de 1º de novembro de 2017 a 31 de março de 2018).

Os empregados que vão continuar em layoff terão os direitos atuais garantidos, segundo a mineradora, recebendo o valor correspondente à sua renda líquida mensal. Desde que as atividades da Samarco foram paralisadas, a empresa recorreu a vários mecanismos legais, tais como licença remunerada, férias coletivas e suspensão dos contratos de trabalho.

Desde que as atividades da Samarco foram paralisadas, a empresa recorre a vários mecanismos legais, tais como licença remunerada, férias coletivas e suspensão dos contratos de trabalho (layoff).

A Samarco informou ainda que a com os sindicatos terá continuidade nesta sexta-feira, 17 de novembro.

Retomada

Para voltar a operar, a Samarco precisa obter duas licenças ambientais. A empresa informou que já protocolou, junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), o pedido de Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano e o pedido de licença para disposição de rejeitos na Cava de Alegria Sul. Os processos de licenciamento ambiental estão em andamento, mas ainda não há data prevista para a retomada das operações.

Posicionamento da Findes

A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo lamentou os cortes de pessoal anunciados pela Samarco, mas informou compreender que o ajuste se faz necessário diante do que chamou de morosidade do processo para concessão da licença de operação. Confira a nota:

"A Findes enfatiza que a empresa vem realizando, por meio da Fundação Renova, todos os esforços necessários para a reparação das comunidades afetadas pelo acidente e a recuperação do meio ambiente.

A Federação seguirá apoiando a retomada da empresa, medida essencial para a manutenção de empregos e a geração de riquezas para a sociedade capixaba – considerando que a mineradora representava 5% do PIB estadual antes do acidente.

A Findes lembra que nos dias 06, 07 e 11 de dezembro serão realizadas audiências públicas em Minas Gerais para debater o Licenciamento Operacional Corretivo do complexo de Germano, em Mariana (MG). A Federação estará presente dando apoio à retomada da Samarco".

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