Economia

Jucá diz que Senado só vota reforma da Previdência em 2018

O peemedebista vinculou as trocas ministeriais à busca por votos na Previdência e à formação de um bloco partidário governista para disputar as eleições do ano que vem

O líder do Governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta terça-feira, 21, que, não haverá tempo para votar a reforma da Previdência entre os senadores neste ano. "A Câmara votando este ano, a Previdência vai para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no Senado e, pelo prazo, não dará para votar ainda este ano. Se votará no início do ano que vem, combinado com os líderes partidários e o presidente Eunício (Oliveira)", disse Jucá.

O senador afirmou que a reforma da Previdência visa à contenção de privilégios, mas não deu detalhes do texto patrocinado pelo governo Michel Temer.

O peemedebista vinculou as trocas ministeriais à busca por votos na Previdência e à formação de um bloco partidário governista para disputar as eleições do ano que vem. Ele negou que Temer esteja promovendo substituições no Ministério das Cidades e na Secretaria de Governo apenas para agradar ao Centrão - composto por partidos como PSD, PP, PR, PRB e PTB.

Senador afirmou que a reforma da Previdência visa à contenção de privilégios, mas não deu detalhes do texto patrocinado pelo governo Michel Temer

"O presidente está compondo um entendimento com esses diversos partidos no sentido de construir uma votação que aprove a Previdência. Não há fato mais relevante para o governo agora do que tentar reconstruir essa base que pode aprovar a Previdência e dar um passo além nas reformas que o Brasil está fazendo", disse Jucá. "Não podemos fazer uma política individualizada por partidos. Temos que fazer política pela base, pelo grupo que vai comandar o País até o fim de 2018 e disputar as eleições. Esse bloco, esse grupo de partidos precisa estar representado e trabalhando harmonicamente. Um partido é menos importante do que o conglomerado, do que a união de todos esses partidos."

Ele afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), responsável por indicar no futuro ministro das Cidades, o deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO), "precisa ter um espaço político diferenciado".

Ele negou que as consultas a Maia tenham despertado insatisfações no presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). "Não vejo problema na Câmara nem no Senado quanto à montagem de governo. É até uma montagem provisória. Os candidatos que desincompatibilizarão terão que sair até o dia 7 de abril e até lá outros ajustes poderão ser feitos."

Jucá disse que a bancada do PMDB na Câmara está sendo consultada sobre os nomes indicados para a Secretaria de Governo para "chegar a um nome de consenso que ajude a construir a votação da reforma da Previdência". O atual titular, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), deve deixar o cargo por pressão do Centrão.

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