Economia

'O banco oferece menos da metade', diz investidor que perdeu com planos

Há cinco anos, um grupo no Facebook reúne pessoas que tiveram dinheiro confiscado pelos planos econômicos

São Paulo - O avô do advogado Rafael Rodrigues, de 33 anos, depositava todo mês o equivalente a R$ 50 na caderneta de poupança que seu pai, Ernesto, abriu para ele e o irmão, em 1985. O dinheiro era para a faculdade. "Como muitos brasileiros, a gente confiava na caderneta de poupança. Ninguém achou que seria lesado."

Eles abriram ações contra os Planos Verão, Collor 1 e 2 há nove anos e não pretendem aderir à ação coletiva para reaver o dinheiro. "Os bancos oferecem menos da metade do que temos direito", diz Ernesto. O sentimento de frustração é o mesmo de outros poupadores.

Há cinco anos, um grupo no Facebook reúne pessoas que tiveram dinheiro confiscado pelos planos econômicos. Foi para ficar informada que a aposentada Jandira Ribeiro, de 58 anos, entrou no grupo. Ela é beneficiária de uma ação movida por sua tia, que morreu em 2007, pela restituição após o plano Bresser (1987). "Não vou entrar no acordo."

Para as entidades que representam os consumidores, o acordo de R$ 10 bilhões ficou abaixo do esperado. No entanto, diz Henrique Lian, da Proteste, é "melhor do que nada". Outro representante, que não quis se identificar, diz que a cifra final pode subir até a homologação. "O valor não é conhecido. A Febraban tende a puxar para baixo, mas pode ser maior." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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