Festival celebra ancestralidade brasileira e reúne artes visuais no ES

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Quem ama arte levanta a mão! 🙋‍♀️🙋 O festival Deixa a Gira Girar impulsiona o cenário cultural para quem é fã e os que fazem cultura! Que demais, né?! 😍

Em um movimento de celebração às múltiplas manifestações artísticas brasileiras na contemporaneidade, o festival reúne música, artes visuais e ocupação urbana da cidade em transmissões online durante o mês de abril. Com atrações musicais como Budah, Fabriccio e Obinrin, o evento é uma homenagem às culturas afro-brasileira, cigana e indígena.

Em yorubá (dioma da família linguística nígero-congolesa), a palavra “olope” significa movimento. A Exposição Olope apresenta, a partir das obras selecionadas, vínculos identitários e raízes ancestrais brasileiras. Abrindo espaço para aspectos e processos místicos e de cura ao ocupar as ruas de Vitória, no Espírito Santo, e ambientes virtuais com artistas visuais do Estado, além da Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Mais do que uma mostra de trabalhos artísticos, a Exposição Olope é um expoente na realização de eventos online com intervenções urbanas. Com projeção mapeada no Centro de Vitória e lambes (poetas utilizam muros para distribuir literatura pela cidade) espalhados pela cidade, a exposição é realizada fora do eixo Rio x São Paulo e promove o encontro de artistas e trabalhos que dialogam com questões afro-brasileiras, indígenas e com a cultura cigana.

Deia Guandaline, artista visual e selecionada pela Exposição Olope, abre caminhos na vinheta do festival que é guiada pelo seu trabalho “Axé, Saravá e Skate”. Criada para valorizar as religiões de matrizes africanas e evidenciar o protagonismo de mulheres negras no skate, a obra “Axé Saravá Skate” também compõe a exposição Olope por meio de projeção mapeada, no dia até esta sexta (23) na Avenida Jerônimo Monteiro, em Vitória, de 19h às 22h.

“A exposição é uma forma de levar arte pra galera, já que estamos em uma pandemia. Estar presente em uma exposição que vai rolar no centro da cidade, onde as pessoas vão conseguir acompanhar até mesmo de dentro de casa, sem aglomerar, vai ser muito bom. E ainda estar levando a mensagem, que seja dos orixás, para que tragam respeito, como em qualquer religião”.

Produzida por meio da técnica de rotoscopia (dispositivo que permite redesenhar quadros de filmagens para serem usados em animação) e arte digital, todas as manobras da obra foram inspiradas nos movimentos de skatistas pretas, que são representadas por Orixás – divindades representadas pela natureza e são cultuados em religiões de matriz africana. Inclusive, “Exu” é representada pela skatista capixaba Rayane Oliveira.

PRÊMIO ILÊ

Já a parte musical do Deixa a Gira Girar une as atrações nacionais Marina Peralta e Obinrin que transita entre referências profundas da cultura popular – ritmos tradicionais brasileiros, como: maracatu, coco, baião, jongos e caboclinhos – e o resgate dessa mesma vertente, sempre fluindo esse traço em conjunto com a contemporaneidade.

A banda traz essa marca: revisitação de ritmos sagrados e ancestrais poeticamente permeados de questões emergentes e atuais, junto aos capixabas Budah, Fabriccio, Gabriela Brown, Chorou Bebel e Eloá Eler em sete horas de música brasileira com sonoridades que vão do R&B e Pop ao Reggae. O evento é online!

O festival evidencia a riqueza sonora da música autoral brasileira ao apresentar em um mesmo lineup artistas como Marina Peralta e Obinrin ao som de atrações como a cantora Budah, destaque da cena R&B/hip hop presente nos feats recém lançados Dá pra Ser? (Djonga, Budah, Thiago Braga) e Poesia Acústica Ep Acabou (Budah, Azzy, Lourena).

Idealizado pela produtora cultural Lara Toledo, o Festival Deixa a Gira Girar vai fomentar a cena e contribuir para o intercâmbio cultural, artístico e musical diante do período pandêmico. O projeto é uma realização do selo Abre Caminhos com apoio da Lei Aldir Blanc por meio da Secretaria de Cultura do Espírito Santo e da Secretaria Especial da Cultura via Ministério do Turismo por meio do Governo Federal.

SERVIÇO

Programação: obras de Luara Monteiro (ES), Deia Guandaline (BA), Flora Fiorio (ES), Thamires Fortunato (PB), Jorge Mayko (ES), Consuelo Vea Coroca (RN), Ione Reis (ES), Xúlia Monteiro (ES), Musca (ES), Carangueja Cibernética (BA), chama.amanda (ES), Flor Carla (ES)

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