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Caio Paduan fala sobre O Outro Lado do Paraíso: - Eu quero profundidade e sentimento

O ator revelou que estudou muito e chegou até a ler Shakespeare para interpretar seu novo papel

Atual novela das nove, da Rede Globo, O Outro Lado do Paraíso é um verdadeiro sucesso e possui no elenco atores de diversas gerações. É o caso de Caio Paduan, que interpreta Bruno, que, nesta nova fase da novela, trabalha como delegado e é apaixonado pela juíza Raquel. Em entrevista ao colunista Leo Dias, o ator, que começou na emissora em Malhação e passou por Rock Story, revelou que estudou muito e chegou até a ler Shakespeare para interpretar seu novo papel. Ler é, inclusive, um hobbie para ele, que é adepto à internet e às redes sociais apenas por conta da profissão.

Sobre Bruno, Paduan contou que, quando foi convidado pelo diretor Mauro Mendonça Filho, já sabia que viria muito trabalho e estudo pela frente. O que não é um problema, afinal, ele se auto denomina meio que viciado na profissão. - Ele é um cara supereducado e de bom coração, mas ainda assim é uma cara de 20 anos de idade, com uma formação a ser cumprida nessa etapa da vida. Fui atrás disso e trazer a humanidade para que as pessoas olhem e vejam um ser humano não algo chapado. Eu quero profundidade e sentimento, conta o ator sobre seu personagem.

Na novela, o romance com Raquel, vivida por Érika Januza, incita discussões sobre preconceito racial, uma questão que sempre o incomodou e que sempre considerou muito absurdo. - Quando eu fui estudar por causa da novela e vi as estatísticas, me entristeci muito. É algo que você vê o tamanho do buraco e o tamanho da violência que isso causa e quanto interfere negativamente na vida das pessoas, opina. A relação entre os atores, aliás, é a melhor possível segundo Paduan, que revelou que ele e Januza estudam juntos e são amigos. - Trabalhar com uma parceira é mais fácil. A gente se diverte muito, conta ele, que também mantém amizade com Arthur Aguiar, Luís Melo Eliani Giardinni.

Mas engana-se quem pensa que foi fácil pra ele chegar no horário nobre da Globo. O ator chegou a trabalhar de barman, fez peças teatrais e trabalhou muito para pagar a faculdade de artes cênicas. Por esse motivo, nunca deixou a fama lhe subir à cabeça. - Eu sou só um ator, a fama é consequência da exposição que o veículo traz. Se você entende esse mecanismo, se tem pai e mãe, educação de casa, tá sempre em contato com os pais, os mesmos amigos de sempre, não. Tenho os mesmos amigos há 20 anos, então eu prefiro ser o mesmo garoto que nasceu na Tijuca, reforça. Mesmo considerado um colírio das telinhas, Paduan não se considera vaidoso, mas sim um cara atento. Se pensar friamente, esse é meu único material de trabalho, então eu entrego ele. Faz muito tempo que não tenho o cabelo que gostaria, tô em função dos personagens, afirma.

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