PEDRO PERMUY

Entretenimento e Cultura

Fã com deficiência toca com Henrique e Juliano e PCDs elogiam shows em Guarapari

Shows feitos no Espírito Santo estão (enfim!) abrindo portas para acessibilidade e cenas de pessoas com deficiência curtindo as apresentações têm gerado boas energias entre frequentadores

Pedro Permuy

Redação Folha Vitória
Foto: Levi Mori/Josi Coelho

As casas de show de Guarapari adequadas às regras de acessibilidade para as pessoas com deficiência estão recebendo vários elogios, como a Coluna Pedro Permuy, que não dorme no ponto, tem reparado. Não que elas sejam boazinhas, já que essa estrutura é um direito previsto em lei, senão porque no Espírito Santo e no Brasil a cena é tão rara que virou motivo de parabéns entre os capixabas.

Na apresentação de Henrique e Juliano na última semana, um fã com deficiência foi tocar no palco com os artistas e chamou a atenção dos que estavam assistindo ao espetáculo. A cena foi gravada (veja vídeos no fim desta publicação) e anda circulando os grupos de conversa do Estado em tom de elogio. 

Só que mesmo com a legislação que prevê o acesso dessas pessoas a qualquer ambiente, cerca de 980 mil cidadãos que vivem no Espírito Santo com algum tipo de deficiência (visual, motora, auditiva ou intelectual) ainda enfrentam obstáculos - inclusive para prestigiarem os artistas de que gostam. Os dados são do vice-presidente da Associação de Pais e Amigos dos Surdos e Outras Deficiências do Espírito Santo (Apasod-ES), José Carlos de Siqueira Júnior.

“Esses cidadãos ainda enfrentam diariamente muitos obstáculos profissionais, educacionais e sociais. Mas as mudanças vêm acontecendo a cada ano, temos acompanhado perícias e visitas aos órgãos públicos com intuito de assegurar a acessibilidade para todos”, completa Lourdilene Mozer, presidente da Apasod-ES.

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A assessora Daléte Campello, que é pessoa com deficiência auditiva, celebra espaço em casa de show do Espírito Santo para surdos. Ela, que lamenta já ter abandonado outros eventos por falta de acessibilidade, agradece: “Sempre tenho que entrar em contato com os organizadores do evento com antecedência para saber se o local tem ou não condições de me receber. E sempre repasso essas informações para amigos e grupos de que faço parte, mas desta vez não tive problemas para ir aos shows”.

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A Coluna Pedro Permuy, que é bastante sensível ao tema da acessibilidade, explica: os locais de show precisam ter um espaço bem calçado para acomodar os que têm deficiência de locomoção e um local adequado para quem usa aparelho auditivo ou já operou por conta desse aspecto. É que nesses casos o som de uma caixa de som comum pode causar danos à saúde da pessoa. 

ACESSIBILIDADE 

No último fim de semana, durante o show de Henrique e Juliano, um fã com deficiência subiu ao palco para uma interação para lá de divertida com os ídolos. O Arthur tocou seu instrumento com a banda da dupla e foi só sorriso! 

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A participação dele foi um dos pontos altos da apresentação, que aconteceu no Cafe De La Musique Guarapari, que também teve homenagem em lembrança de Marília Mendonça. 

Na P12 Guarapari também há estrutura disponível para PCDs. 

O complexo que inaugurou neste verão possui 8 banheiros em 4 posições diferentes para pessoas com necessidades especiais e acesso até para as áreas suspensas, como camarotes empresariais. A casa informa que também há espaço exclusivo para cadeirantes em frente ao palco com corredor de segurança. Para todo caso, cada pessoa com deficiência pode ser acompanhado por uma pessoa.

Foto: Pedro Fattore
Cadeirante curte show de Bell Marques na P12 Guarapari

Veja vídeos do fã tocando para Henrique e Juliano enviados ao Folha Vitória (imagens de Josi Coelho)


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