PEDRO PERMUY

Entretenimento e Cultura

Vice-governadora do ES, Jacqueline é a Anitta da política no Brasil. E nós podemos provar!

A ex-camelô, que só foi terminar o ensino médio aos 26 anos e se formou em Direito em 2020, hoje se inspira em histórias como a da cantora para gerir políticas públicas capixabas

Pedro Permuy

Redação Folha Vitória
Foto: Pedro Permuy
A vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes, posa em salão do Palácio Anchieta, no Centro de Vitória

“Quando o governador me convidou (para entrar para o governo do Espírito Santo), ele queria que eu assumisse uma pasta. Falei que ia pensar e depois retornei para ele falando que queria ser só a vice. Mas que queria ser uma vice empoderada. Aí ele perguntou: ‘Mas o que é uma vice empoderada?’. Aí eu falei que queria trabalhar com política para as mulheres. Isso não acontece em uma secretaria, sempre falei isso na campanha. Isso acontece de forma transversal, então isso é importante para a pauta de fortalecimento das mulheres, que eu defendo. Porque tem saúde da mulher, educação para a mulher, muita coisa”.

A explicação é da vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes, que a Coluna Pedro Permuy chama, sem pensar duas vezes, de "a Anitta da política do Brasil”.

Em entrevista exclusiva ao Folha Vitória, a ex-camelô confidencia que assistiu, assistiu de novo a série de Anitta na Netflix e ainda tem episódios que volta e meia retornam à lista de reprodução.

“Assisti à série de Anitta toda. A série é muito legal, principalmente do ponto de vista social. De alguém que empreendeu e de alguém que tem um olhar de líder. Ela tem esse olhar da líder empreendedora. Ela enxerga as oportunidades como liderança e como mulher, representativa. Ela consegue trazer a família dela para entender que ela é a Larissa, eu vi isso na série. Ela respeita e é respeitada. A equipe que está com ela também sabe desse gênio e ela consegue identificar quando alguém só quer usar a imagem dela. Isso é papel de líder”, opina.

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Assim como a Girl From Rio, Jacqueline “saiu de baixo”, como ela mesma fala, para só conseguir se formar em 2020, em meio à pandemia da covid-19 no Estado. “Até os 26 anos eu só tinha até a quinta série do fundamental. Eu fiz EJA. Eu era camelô. Terminei o ensino fundamental e médio e depois fui para uma faculdade. Tranquei, voltei, tranquei, voltei… Nesse intervalo, levei 10 anos, mas em 2020, na pandemia, eu me formei em Direito”, diz.

“Eu vou vivendo e construindo aquilo que acredito. A minha luta vai ser sempre pela igualdade de direitos, de oportunidades” - Jacqueline Moraes, vice-governadora do Espírito Santo

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E completa: “Uma história como a de Anitta me representa e me faz identificar. Ela é periférica, eu também sou. Ela veio de baixo, teve uma visão de águia. Me identifico por essa questão. E me inspiro pela liderança, de ela conseguir compreender para o que ela está sendo usada e o que ela quer naquele contexto”.

“O que mais me inspira nela é a capacidade de liderar. Ela coloca o funk do Brasil lá em Miami, nos Estados Unidos, bombando” - Jacqueline Moraes, vice-governadora do Espírito Santo

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Por isso a luta pelas mulheres é tão sensível à causa de Jacqueline. Rompendo 2022 com retorno e desenvolvimento de mais políticas públicas no Estado, ao todo, mais de 300 mil mulheres do Espírito Santo vão acabar sendo beneficiadas por projetos que ela coordenou. “Temos planos para mais mulheres na política, encontro que fizemos, agendas exclusivas para esse público, capacitação… Porque um curso de unha de gel, que seja, dá a oportunidade de a mulher trabalhar, trabalhar em casa, gerar renda para a família”, conclui.

E finaliza: “Eu, quando cheguei ao governo, eu ouvi: ‘Perto dos olhos, perto do coração’. Por isso quando chego a um lugar as pessoas perguntam onde está a vice-governadora. Eu chego de calça jeans e tênis. As pessoas não esperam isso. Mas nós trabalhamos para mudar isso. Sabemos que a caminhada é longa, mas os retornos também nos fortalecem”. 

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