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Após perder marido, Nicette Bruno revela: 'Não consegui tirar a aliança'

A atriz, que perdeu seu marido e ator, Paulo Goulart, há um ano, falou sobre a importância de estar ao lado dos jovens, do personagem em sua carreira e sobre medo

Redação Folha Vitória
Nicette Bruno está no ar na novela 'I Love Paraisópolis' Foto: Divulgação

Aos 82 anos, Nicette Bruno vive o desafio de interpretar uma mulher que sofre de Alzheimer, em 'I Love Paraisópolis', da Globo. Em entrevista ao site do jornal Extra, a atriz, que perdeu seu marido e ator, Paulo Goulart, há um ano, falou sobre a importância de estar ao lado dos jovens, do personagem em sua carreira e sobre o medo.

"Nessa altura do campeonato, não sinto medo. Sou uma mulher que não sente isso. Ele (medo) é perigoso para a pessoa. A vida é um eterno aprendizado. Acho interessante abordar esse problema do cotidiano porque às vezes elucida alguns casos. Só acho uma judiação a Izabelita começar a apresentar a doença, confesso. Ela é uma mulher do bem, ativa e que tem coragem, assim como eu. A trajetória da vida é superar os problemas e respeitar os momentos frágeis", contou a atriz, sobre a personagem que se vê em meio a trama perdendo suas memórias por conta da doença.

Sobre trabalhar com pessoas mais jovens, a atriz, que atua ao lado de Maurício Destri, suposto affair de Bruna Marquezine, contou que ao estar ao lado de jovens, pretende melhorar cada vez mais:

"Não fico pensando na idade cronológica. Penso em realizar coisas boas. No fim do ano, devo voltar aos palcos com “Perdas e ganhos”. O negócio é não desistir e batalhar sempre. Essa é nossa função, e o teatro é a grande satisfação da minha vida. Adoro trabalhar com gente nova. O entrelaçamento do experiente com o jovem é fantástico porque faz a gente crescer. Trabalhamos todos no sentido de melhorar cada vez mais".

Refletindo ainda mais sobre sua vida, Nicette também relembrou seu casamento com Paulo Goulart e, confessou não conseguir tirar a aliança da união, mesmo após a morte do ator, no dia 13 de março de 2014.

"Nós estamos aqui num ciclo de evolução. Se não fizermos isso (evoluir), não tem sentido nenhum viver. Porém, não significa dizer que as perdas não ocasionem vácuos nos nossos sentimentos. Paulo é totalmente presente na minha vida. Não consegui tirar a aliança dele do meu dedo até hoje. Mas, apesar dessa dor, não quero trazê-lo para esse plano. Eu sigo o meu caminho aguardando nosso reencontro algum dia".

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