Além das acusações de abuso, Harvey Weinstein também responderá por tráfico sexual
Um juiz federal decidiu nesta terça-feira, dia 14, que Harvey Weinstein enfrentará uma ação civil de uma atriz britânica que o acusou de violar as leis contra o tráfico sexual. Segundo informações da Reuters, a ação apresentada no ano passado por Kadian Noble alega que o produtor a convidou para um quarto de hotel na França e, ao entrar no local, foi agredida sexualmente.
O juiz Robert Sweet, de Manhattan, negou uma moção de Weinstein que pedia a rejeição da ocorrência. Ele afirmou que, embora o caso não seja uma ação arquetípica de tráfico sexual, as alegações estabelecem plausivelmente que o produtor violou a Lei de Proteção de Vítimas do Tráfico federal.
Kadian é apenas uma de mais de 70 mulheres, a maioria jovens atrizes e funcionárias da indústria de cinema, que acusaram Weinstein de má conduta sexual. A ação civil movida por ela conta que o astro conseguiu forçar ou coagir Kadian a realizar atividades sexuais em seu quarto de hotel por lhe prometer um papel em um filme e usar influência a seu favor, em Cannes, na França, no ano de 2014.
Os advogados de Weinstein afirmaram que o caso deve ser rejeitado porque a lei de tráfico sexual foi criada para os atos sexuais considerados comerciais, o que não incluiu este suposto encontro com Kadian, já que ela não teria dado nada de valor. Além disso, eles alegaram que permitir que a ação prossiga é o mesmo que dizer que a lei cobre todas as atividades sexuais que ocorrem entre adultos nas quais uma parte tem uma posição superior de poder e influência.