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Marca de luxo italiana é alvo de processo por abuso e discriminação

Deu no The New York Times. Uma ex-funcionária da Etro, a marca de luxo italiana conhecida por sua estética boêmia chic, é alvo de uma ação na justiça norte-americana acusada de abuso e discriminação de funcionários com base em raça, gênero e idade por mais de duas décadas.

A autora da denúncia é uma ex-funcionária, Kim Weiner, que trabalhou na empresa por mais de 25 anos, boa parte deles na área de recursos humanos, afirma a reportagem do jornal norte-americano.

Correndo por fora do eixo das marcas lançadoras de tendências, a Etro é uma companhia familiar de capital fechado, que acaba de completar 50 anos e tem um faturamento anual estimado em cerca de 372 milhões de dólares (algo como R$ 1.540.824.000).

Na ação, há detalhes sórdidos sobre coisas que Kim Weiner afirma ter testemunhado. Entre eles, ocasiões em que o fundador da empresa, Gerolamo Etro, conhecido como Gimmo, pediria a cabeça de empregados baseado em suas aparências, chamando uma funcionária de "gorda e feia" antes de exigir sua demissão. Outras lideranças da Etro também são mencionadas na ação por praticar ações deliberadamente focadas em forçar pedidos de demissão, como intencionalmente humilhar um dos funcionários em frente aos seus colegas por mais de dois anos.

Há relatos de uma colaboradora antiga da empresa que foi "exilada numa sala sem janelas", uma espécie de porão, de onde receberia falsas ordens que a induziriam a erros passíveis de demissão. No processo, a empresa também é acusada de pagar menos a mulheres do que a homens em funções semelhantes.

Para a ex-funcionária que denuncia a empresa ela foi mandada embora em retaliação a sua oposição e interferência quanto a discriminação praticada ali. Procurada pelo The New York Times, um porta-voz da Etro declara que a empresa está "revisando a queixa e não tem nada a declarar até o momento".

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