PEDRO PERMUY

Entretenimento e Cultura

Marca de óculos vai abrir 62 lojas no ES, diz fundador Caito Maia

Até o fim de 2022, gigante dos óculos do Brasil ganhará mais de 60 novas lojas no Estado. Empresário dono da marca lembra também de inaugurações no Shopping Vitória há mais de 20 anos

Pedro Permuy

Redação Folha Vitória
Foto: Ignacio Aronovich

Até o fim de 2022, o Espírito Santo terá mais 62 lojas da gigante dos óculos Chilli Beans. Parte da expansão, confirmada à Coluna Pedro Permuy com exclusividade pelo fundador da marca, Caito Maia, será realizada ainda neste ano. A ideia é inaugurar 25 unidades da maison até dezembro de 2021 no Estado e outras 37 no ano que vem. 

A expectativa é que haja também aumento de vagas de emprego nesses mesmos períodos. No total, a label terá 74 lojas no Estado até o fim do ano que vem. 

Com a expansão das unidades capixabas, o empresário de 52 anos espera superação do amargo que a pandemia e a crise no Brasil trouxeram: “Os óculos viraram uma necessidade pandêmica e a gente se beneficiou disso. Ano passado abrimos mais 50 lojas da ótica da marca, que é o projeto novo, e mais 45 lojas normais. Somos otimistas e estamos aproveitando o momento”.

Ao todo, Caito já abriu e coordena mais de 900 lojas em todo o Brasil. E, por outro lado, celebra: “2020 foi instável e tem que ter sangue frio para tocar a vida. O que a pandemia ensinou é que sou um ser humano mais evoluído. Estou saindo da pandemia melhor do que entrei. Não teve crise, mas teve paralisação. Imagina 900 lojas fechadas. É algo desesperador”.

“Acho arrogante adotar o título de visionário. Escutar as novas gerações foi o que me trouxe até aqui”
Foto: Ignacio Aronovich

Para o empresário, que participa da nova temporada do Shark Tank Brasil, programa da Sony de empreendedorismo que reúne entusiastas da área para negociarem com os figurões como Caito, parte dessa tendência que ele adotou para compor sua “fórmula de sucesso” se reflete no que ele vê de conduta dentro da atração.

“No Shark Tank a gente espera isso, que estou te falando. Empreendedores mais maduros, mais experientes e tíquetes-médios mais altos. Pela primeira vez na história fechamos um negócio de milhões lá dentro. E a pandemia, porrada, guerra, loucura que foi esse período nos amadureceu muito. Estamos mais conscientes, sólidos, consistentes… E isso refletiu lá dentro claramente. Então acho que estamos saindo, no geral, mais maduros e sólidos”, avalia.

E completa: “O empresário brasileiro é muito resiliente. Mas acho que toda essa experiência do fechamento e da pandemia foi um complemento. O Brasil é um país com muitas emoções e a gente tem mais desafio que em outros países. Mas a gente também se preparou mais que outros países”.

Agora, após o momento mais crítico da pandemia, Caito também acredita que novas oportunidades serão exploradas pela classe empreendedora. “A gente vai ver muita empresa surgindo, porque tem quem soube aproveitar esse novo mundo. Até empresas que já existem vão se adaptar e renovar o negócio. Sou muito focado, nesse sentido, e ainda tem mais espaço para abrir loja. Estamos nessa nova via, das óticas, e também tem a compra de uma nova marca de moda brasileira, que vamos anunciar em alguns meses”, explica.

E chega a comparar o cenário de reinvenção com a seleção de lojas do Shopping Vitória: “Estava esse dia falando com o comitê da empresa e falei: ‘Se você for ao Shopping Vitória e tirar uma foto do mix de lojas de agora e de 24 anos atrás (quando a Chilli Beans foi fundada), 90% do mix de 24 anos atrás não está mais lá. Você ficar vivo e ficar vivo no seu melhor momento, depois de 24 anos, não é fácil”.

Caito acredita que estar aberto às mudanças foi o que o fez prosperar no ramo. E justifica: “Escutar as novas gerações foi o que me trouxe até aqui”, reitera. E complementa: “Eu tenho 52 anos, mas escuto o que os de 20, 22, 23 têm para dizer. Quando você faz isso, tem a chance de permanecer com vida longa por muito tempo. E o que a gente mais respeita é a diversidade. Tenho consciência de que a gente deu oportunidade a muita gente que não conseguia emprego”.

Além das lojas, a empresa de Caito, hoje, tem cerca de 550 funcionários internos e mais de 6 mil vendedores em todo o País. 

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