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Temporada 2015 da Osesp terá 36 concertos

Redação Folha Vitória

São Paulo - A temporada 2015 da Orquestra Sinfônica do Estado (Osesp) terá 36 programas sinfônicos e elegeu como tema "Os Lugares da Música". Ao todo, 70 artistas convidados participarão dos concertos. O compositor visitante será o norte-americano John Adams e o compositor transversal, o japonês Toru Takemitsu. O artista em residência será o pianista Arnaldo Cohen.

Entre os destaques, há um ciclo intitulado Quem Tem Medo de Schoenberg, que inclui concertos em comemoração aos 80 anos de Isaac Karabtchevsky e peças como Gurre-Lieder e Pierrot Lunaire (com a soprano Manuela Freua e regência de Emmanuele Baldini); concertos e recitais da pianista Angela Hewitt; a volta do maestro Kristian Järvi, além de Osmo Vänska (que estreia obra de Aylton Escobar); e o barítono Mathias Goerne, que vai interpretar obra de Marc-André Dalbavie, co-encomenda da Osesp com a Orquestra de Paris e a Filarmônica de Londres.

A orquestra vai interpretar também as quatro sinfonias de Brahms, encerrar um ciclo dedicado às sinfonias de Sibelius, por conta de seus 150 anos. Outros compositores lembrados por conta de efemérides incluem Nielsen (150 anos) e Scriabin (100 anos). Mendelssohn terá diversas obras apresentadas ao longo do ano, assim como Strauss, de quem seráo executadas as Quatro Últimas Canções.

Entre as encomendas, além das peças de Escobar e Dalbavie, estão novas partituras de Aurélio Edler-Copes, Paulo Costa Lima, Egberto Gismonti Clóvis Pereira, Antonio Ribeiro, Gunther Schueller e André Mehmari - elas serão apresentadas na série sinfônica e também na programação de música de câmara.

A série de recitais terá, além de Arnaldo Cohen, o violoncelista Antonio Meneses, os pianistas Nelson Goerner, Cristian Budu e Éric Le Sage. A orquestra de câmara da Osesp também fará uma série de concertos, com repertório que vai dos clássicos à escrita do século 21, incluindo autores como Flô Menezes e Claudio Santoro. O mesmo vale para a série própria do Coro da Osesp.

O tema do ano, Lugares da Música, vale para todas as séries de concertos - e a proposta é pensar as diversas programações de forma integrada. "O tema desta temporada pode ser interpretado de quatro modos, pelo menos", escreve o diretor Arthur Nestrovski. A temporada, assim, seria uma homenagem a todos os lugares da música, como a própria Sala São Paulo; são lugares da música também cidades, bairros, ruas, casas; os lugares da música na atualidade, seja do ponto de vista social, seja econômico; e os lugares da música na vida de cada um.

"Toda a programação da temporada - como de resto da atividade da Fundação Osesp - pode ser vista com um, ou mais de um desses critérios em mente. O poder evocativo da música não pode ser subestimado; e será fácil identificar bom número de obras aludindo diretamente a lugares reais ou imaginados, da Sinfonia Praga de Mozart aos jardins do compositor transversal Takemitsu, da viagem de 'Haroldo na Itália' à Escócia da Sinfonia de Mendelssohn, do 'Americano em Paris' a destinos mais ambiciosos: 'Os Planetas'", diz Nestrovski.