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The Maine celebra trajetória e lança novo disco no Brasil

Com uma trajetória plural, a The Maine sempre teve a solidão como fio condutor, mas nem sempre como protagonista

A solidão caminha ao lado do grupo de rock alternativo The Maine. Formada há dez anos, a banda começou como promessa de grandes gravadoras, mas logo decidiu seguir sozinha o caminho da indústria musical, produzindo seus discos de maneira independente. Agora, a solidão volta a bater na porta do grupo, que começa a fazer uma série de shows no Brasil neste sábado, 15, para lançar o disco Lovely Little Lonely ("amável pequeno solitário", em tradução literal), que explora a solidão em forma de poema e música.

Com uma trajetória plural, a The Maine sempre teve a solidão como fio condutor, mas nem sempre como protagonista. Mistura de sentimentos, seus álbuns já falaram sobre depressão (Forever Halloween), sociedade superficial (American Candy) e busca por uma identidade própria (Pioneer). Lovely Little Lonely é o primeiro que admite em alto e bom som sobre o sentimento da solidão - colocando a palavra até mesmo no título do álbum e na capa, que mostra uma pessoa se afogando, sozinha.

"Quando a gente compõe músicas, nós tentamos representar como estamos nos sentindo naquele momento", diz Kennedy Brock, guitarrista do The Maine, quando questionado pelo Estado sobre o processo de composição das canções. "Tentamos manter muito da nossa integridade em tudo que fazemos em nossa trajetória, como interagimos com a nossa base de fãs em todo o mundo e, principalmente, sobre como lidamos com nós mesmos, como pessoas."

Dentre os destaques do novo álbum, estão Black Butterflies and Dejavú, sobre a falta de controle de sentimentos relacionados ao próximo, e o carro-chefe Bad Behavior, que tem ritmo marcante e letra sombria, mas que usa de alguns elementos da música pop, fruto da parceria do quinteto com o produtor Colby Wedgeworth, e mistura influências de antigos sucessos, como Love and Drugs, do álbum Forever Halloween, e English Girls, do disco American Candy.

Além disso, a banda volta a revisitar temas antigos e que permeiam todos discos, como a nostalgia. Presente desde o disco Can’t Stop Won’t Stop, de 2008, a banda volta a resgatar temas como saudades do passado e amizades que ficaram para trás. No novo álbum, a música Do You Remember (The Other Half of 23) é a que cumpre este papel, em um tom melancólico e que ajuda a alavancar a emoção do novo disco, deixando-o mais condizente com a trajetória do The Maine.

Para o grupo, o disco é ideal para comemorar os dez anos de estrada, juntando vários temas, sentimentos e emoções em um único trabalho. "Este é um álbum que causa a sensação de medo, mas também de muito conforto", afirma Kennedy, animado com as novas possibilidades da banda norte-americana. "Nós passamos por diferentes mudanças em nossas vidas e queremos colocar isso em nosso estilo musical, em nossas músicas e em nossos shows."

No entanto, para quem vai assistir o show da banda em São Paulo, neste sábado, não precisa se preocupar em ver uma apresentação fria, com o sentimento da solidão circundando o grupo musical. O álbum conta com várias canções que devem animar o público, como a própria Do You Remember (The Other Half of 23) e a belíssima Taxi, com versos que reafirmam que mesmo que o sentimento de solidão surja, "ninguém nunca está sozinho". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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