Como será o mercado fitness após a pandemia?

Não são apenas as corridas de rua que estão fazendo falta neste período de quarentena. Quem gosta de malhar e tem o hábito de fazer e complementar os exercícios de fortalecimento nas academias também já está com cheio de saudade.

Mas como será o mercado fitness pós-pandemia? O profissional de Educação Física e coach de corrida Nei Robson, responsável pelo grupo NR Esportes, promoveu uma “live” com Dudu Netto, diretor técnico da Bodytech Company, para sanar dúvidas dos marombeiros de plantão.

Uma das principais curiosidades dos alunos é sobre quando as academias vão reabrir.

“Certas coisas não dependem de nós. Estamos nas mãos das autoridades, pois a prioridade é a saúde da população. Temos que aprender com os países que já passaram por isso e pegar o legado dos países da Ásia que já saíram do pico. Tenho visto muita coisa de fora, claro que a cultura e a sociedade são diferentes das nossas. Temos coisas a aprender. A boa notícia é que, quando reabriram academias lá, há quatro semanas, houve procura muito grande de pessoas que não praticavam exercícios físicos. Todos em busca de melhorar condicionamento e imunidade. Teremos pessoas nas academias que sempre sonhamos ter. Isso é o pontapé inicial para crescer o nosso mercado”, explicou Dudu.

Ele ponderou que, no continente asiático, as academias reabriram com várias restrições e lembrou também da situação de Santa Catarina, que recentemente flexibilizou as medidas de isolamento e pertimiu a reabertura de comércio e também dos espaços para musculação.

“Em Santa Catarina, as academias reabriram com várias restrições, como limitação de 30% da capacidade. Funciona igual a cinema: abre determinado horário, depois fecha para higienizar, aí depois abre de novo. Estamos sujeitos a como o Governo vai encarar e decidir isso. Na China, as academias voltaram a fechar. Então temos que estar conscientes de que temos que esperar um pouco mais”.

Dudu Netto também espera que haja mudanças por parte dos próprios alunos. “Diante de tudo isso, a percepção do consumidor mudou. As pessoas estão ressabiadas do contato, então as academias terão que entregar de forma diferente as aulas, com mais cuidado entre os alunos. São muitas as imposições e as pessoas serão mais criteriosas. Se alguns estabelecimentos voltarem com a mesma pegada de antes, não irão sobreviver, pois a sociedade e o consumidor mudaram”.

Ele também destacou o fato que, diante da pandemia, muitas pessoas estão se adaptando para fazer exercícios em casa. Por isso, as academias vão precisar também se “reinventar”.

“O cliente já percebeu que pode treinar de casa. A pandemia impôs isso e criou várias oportunidades para os profissionais de Educação Física. Quem vai decidir como e onde treinar é o cliente. Claro que não vai deixar de ter aulas presenciais, isto faz a diferença, o contato. Vejo muitas oportunidades na frente, só ter paciência. É uma oportunidade grande de valorizar o condicionamento físico e a saúde. Melhor justifica para melhorar imunidade? O exercício”.

Nei Robson ressaltou que está promovendo várias aulas on-line neste período e que os profissionais de Educação Física estão se virando e se reinventando também para entregar o melhor para os alunos.

“A aproximação com os alunos é muito importante. Estou em vários grupos de Whatsapp e sempre mandando mensagens e conversando. Os alunos sentem falta”.

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