“Estamos prontos para reabrir”, diz representante das academias no ES

Por Iures Wagmaker
Redação Folha Vitória

As academias de esporte de todas as modalidades foram incluídas, por meio de decreto, à lista de atividades consideradas essenciais durante a pandemia do novo coronavírus no Brasil. No entanto, no Espírito Santo, ainda não há previsão para o retorno das atividades, já que estados e municípios têm a autonomia para esta decisão.

Com quase 60 dias de atividades paralisadas, as academias já se preparam para a reabertura, mesmo que ainda não haja uma previsão. De acordo com o presidente da Associação de Academias do Espírito Santo (Acages), Carlos Andrião, uma reunião já foi realizada com representantes do governo, para definir regras para uma futura reabertura.

“Tivemos uma reunião com a secretária Lenise [Loureiro] para fechar as normas para isso. Já está tudo desenhado. Só falta, agora, o governo entender quando é o momento de reabrir. É o comitê de crise que avalia. A gente deve retornar, primeiro, com as atividades de musculação. Em um segundo momento, as atividades aeróbicas, como ginástica e bikes. Depois, num terceiro momento, as atividades de piscina, que envolvem mais idosos. Ainda teremos controle de quantidade das pessoas nos locais”, ressaltou.

Andrião ainda explicou que ficou acertado de que todos os cuidados necessários serão tomados nas academias, como a disposição de locais para higiene adequada das mãos, limpeza dos equipamentos e distanciamento entre alunos, por exemplo.

O decreto que coloca as academias como atividades essenciais, para ele, é um sinal positivo de que a hora da reabertura pode estar ainda mais próxima. “Quando se vai a um médico, antes do medicamento, ele receita exercício físico. Não falo só de perder peso, é uma questão de saúde física e mental. As pessoas que fazem atividades físicas também tem uma resistência maior para um momento como este. Não teremos um impacto tão grande na saúde. Estamos preparados. Assim que o governo decidir, estamos prontos”.

Preocupado com o futuro dos estabelecimentos, ele ainda diz que a Acages busca uma alternativa, junto ao governo do estado, para manter a vida financeira das empresas dentro do cumprimento dos compromissos. “Estamos buscando alguma linha de crédito para resolver este momento. Essa estrutura toda, quando começar, será abaixo de 50% do seu efetivo dos alunos. Para não haver demissões e nem empresa quebrando, precisamos da ajuda do governo”, disse.

Ele ressalta que a manutenção dos equipamentos das academias, piscinas ou aparelhos de ar condicionado, por exemplo, continuam mesmo durante o fechamento. Segundo Andrião, a não renovação dos planos pelos alunos e o fato de que muitos já pagaram adiantado são questões que vão impactar no funcionamento dos locais quando houver o retorno das atividades.

“É sabido que quando retornarem, serão com um número muito reduzido de alunos. Algumas academias promovem exercícios por meio de aplicativos. Teremos outro mundo quando voltar: alguns voltarão para a academia e outros continuarão de casa. É uma quebra de paradigmas para todos. Foi possível negociar aluguel, funcionários, mas muita coisa não tem como. Os custos vão acumulando e não existe receita neste período. Em função do cenário, precisamos de financiamento, senão não vamos aguentar”, afirmou.

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