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Após pena ser reduzida, Guerrero recorre à CAS para anular suspensão por doping

Redação Folha Vitória

Genebra - Paolo Guerrero, atacante do Peru e do Flamengo, vai à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para anular a sua punição por doping. O advogado do peruano, Pedro Fida, protocolou o recurso nesta terça-feira em Lausanne, na Suíça, e a audiência com o jogador deve ocorrer em fevereiro para permitir que o caso esteja encerrado até o fim do próximo mês.

A punição original era de um ano, o que o deixava de fora do Mundial de 2018. Mas, depois de um recurso na própria Fifa, a pena caiu para seis meses e termina em maio. A Copa que será realizada na Rússia começa apenas em junho.

No final do ano passado, Guerrero foi ouvido na Fifa depois de seu exame antidoping que ele fez ter dado resultado positivo. Por quatro horas, a acusação apresentou as supostas provas, enquanto os advogados brasileiros do jogador deram sua versão. Ao deixar a audiência, o atleta declarou que é "inocente".

O peruano respondia à investigação por ter testado positivo para uso de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em exame realizado depois do empate em 0 a 0 entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018, no dia 5 de outubro. Por isso, foi suspenso preventivamente pela Fifa.

A principal suspeita era justamente sobre o uso de cocaína, mas o atacante garantiu que esta possibilidade já foi descartada pela entidade.

Por conta da punição, Guerrero ficou impedido de defender a seleção peruana nas duas partidas da repescagem da Copa do Mundo de 2018, diante da Nova Zelândia. Mesmo assim, o país garantiu vaga no Mundial, que seria o primeiro do atacante.

Inicialmente, a Fifa alertou que optou por uma punição e não ficou convencida de que a substância encontrada poderia vir da folha de coca. "Depois de analisar todas as circunstâncias do caso, a Comissão de Disciplina decidiu suspender Paolo Guerrero durante o período de um ano", diz um comunicado. "Por ter dado positivo por uma substância proibida, o jogador violou o artigo 6 do regulamento antidoping da Fifa", explicou.

Em dezembro, a entidade aceitou os argumentos atenuantes de Fida e reduziu a punição. A suspensão inclui jogos nacionais e internacionais, por clubes e seleções. Agora, o advogado quer liberar o jogador de qualquer tipo de punição.

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