Esportes

Brasil disputa Mundial de Ciclismo de Pista para ter ao menos 1 atleta no Rio

Até o início do ciclo olímpico, o Brasil vivia uma sofrível crise técnica no ciclismo de pista. Não conseguia vaga para etapas de Copa do Mundo, nem disputava Mundiais

Redação Folha Vitória
Equipe brasileira disputará Mundial de Ciclismo de Pista Foto: CBC/Divulgação

Londres - Como dono da casa, o Brasil tem garantida a participação de pelo menos um atleta por modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio. O ciclismo de pista é a única exceção, uma vez que não distribui convites. Dois brasileiros, entretanto, ainda sonham com uma vaga no Rio-2016 e, para isso, precisam de um bom resultado no Mundial que começa nesta quarta-feira, em Londres, valendo como último evento do ranking olímpico.

Até o início do ciclo olímpico, o Brasil vivia uma sofrível crise técnica no ciclismo de pista. Não conseguia vaga para etapas de Copa do Mundo, nem disputava Mundiais. Sem velódromos fechados no País, não havia como se desenvolver.

As coisas só começaram a melhorar quando a União Ciclística Internacional (UCI) financiou a ida de ciclistas brasileiros para treinarem no seu centro de desenvolvimento, na Suíça. Flávio Cipriano e Kacio Fonseca foram os primeiros a se destacarem, ganhando a companhia de Gideoni Monteiro, que migrou da estrada para a pista, e de Hugo Osteti, que até dois anos atrás competia no BMX.

Essa evolução ficou nítida nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, quando o Brasil encerrou um jejum de 20 anos sem medalhas no ciclismo de pista ganhando dois bronzes, com Gideoni, no Omnium, e a equipe de velocidade, formada por Kacio, Flávio e Hugo.

Gideoni é quem está mais perto da Olimpíada. Graças aos resultados dele, o Brasil é 16.º num ranking olímpico do Omnium que distribui 18 vagas ao Rio-2016. Cada país pode levar um atleta à Olimpíada na prova que aponta o "ciclista mais completo".

Já Flávio não depende só dele para se classificar no Keirin, num complexo sistema de distribuição de credenciais. Só há três vagas em jogo para as Américas e ele, em 26.º no ranking olímpico (quarto no continente), está longe do terceiro, um canadense, que é oitavo geral. Mas uma vaga pode ser aberta se a Colômbia, 13.ª no ranking em velocidade por equipes, avançar até ser nona colocada. Aí o representante da Colômbia sairia da disputa pelas vagas das Américas, aproximando o brasileiro da Olimpíada.

O Mundial começa nesta quarta-feira com o Brasil participando das eliminatórias da prova de velocidade por equipes. Gideoni começa sua campanha na sexta-feira. O Omnium tem seis provas, que serão realizadas até a noite de sábado.

Pontos moeda