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Derrota no dérbi em fevereiro impulsionou Palmeiras à final do Paulistão

Redação Folha Vitória

A arrancada do Palmeiras rumo à final do Campeonato Paulista começou, quem diria, no pior momento do time neste começo de ano. Foi a partir da derrota por 2 a 0 para o Corinthians, em Itaquera, em fevereiro, que o técnico Roger Machado mexeu no time, encontrou a formação titular e a estabilidade responsável por chegar à decisão do Estadual.

A derrota para o rival foi o primeiro revés do ano após oito partidas de invencibilidade e colocou em dúvida naquela ocasião o potencial de a equipe ir adiante. Principalmente porque depois daquele compromisso, o time viajaria à Colômbia para estrear pela Copa Libertadores e precisava reagir rapidamente para não deixar o momento ruim aumentar.

"Por algumas vezes perder nos dá elementos importantes para conseguir ajustar e seguir evoluindo. O Corinthians nos mostrou algumas questões importantes para que a gente deveria mexer para se recuperar", explicou o técnico Roger Machado na última semana. "A derrota foi uma instabilidade natural do nosso processo evolutivo", acrescentou.

A sequência depois do clássico com o Corinthians mostrou um Palmeiras diferente e mais maduro. Roger mexeu no time, ao promover Bruno Henrique a titular na vaga de Tchê Tchê. A alteração deu à equipe mais rapidez para chegar ao ataque e o novato no time se mostrou importante para aparecer como elemento surpresa para finalizar, como fez logo na partida seguinte ao clássico, contra o Junior Barranquilla, pela Libertadores, quando marcou dois gols.

A partir daquela vitória, a equipe se consolidou no Estadual e, nos jogos seguintes, só perdeu para o São Caetano, quando escalou a formação reserva. Os titulares definidos depois da derrota em Itaquera bateram com facilidade o São Paulo, atropelaram nas quartas de final o Novorizontino e superaram o Santos na semifinal para confirmarem presença na decisão.

A simples escolha de um time titular fez o treinador, contratado no fim do ano passado, a encerrar com experimentos e repetir uma formação que ganhou entrosamento e padrão de jogo a partir do momento em que foi definida como fixa.

"A continuidade de um modelo e conceito de jogo, aliado com o conhecimento dos jogadores, fez ajustar a nossa engrenagem e sincronismo dentro de campo. Isso ajudou na evolução e no casamento das características", explicou o treinador.

Na decisão do título, o Palmeiras pode encontrar, coincidentemente, o time responsável por gerar essa reformulação interna. O Corinthians será o adversário caso supere o São Paulo na semifinal desta quarta-feira.

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