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Na seleção, Richarlison exalta estilo vertical: 'Sempre vou buscar o gol'

É o nome praticamente certo do grupo que disputará a Copa América do Brasil, em junho e julho

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Facebook

Na renovação gradual da seleção brasileira iniciada pelo técnico Tite após a Copa do Mundo da Rússia, Richarlison foi o jogador que mais rapidamente ganhou espaço. Sua primeira convocação só aconteceu porque o preferido do treinador à época, Pedro, se machucou. O atacante do Everton, da Inglaterra, agarrou a oportunidade e não mais a largou. Hoje, é nome praticamente certo do grupo que disputará a Copa América do Brasil, em junho e julho.

Convocado mais uma vez, Richarlison se apresenta nesta segunda-feira a Tite, no Porto, para os amistosos contra Panamá, no sábado, e contra a República Checa, dia 26, em Praga.

Aos 21 anos, Richarlison tem "dupla personalidade". Fora de campo é tímido, retraído. Dentro, se transforma. Luta intensamente, não se amedronta joga de maneira vertical. "Sempre vou buscar o gol", disse ao Estado. "Nunca sinto pressão.", Neste domingo, o atacante fez um gol e sofreu o pênalti que resultou no segundo nos 2 a 0 do Everton sobre o Chelsea.

Confira a entrevista com Richarlison:

Você tem sido constantemente convocado por Tite. Já se sente no grupo da Copa América?

Com certeza estou confiante. Desde a Copa eu fui chamado em todas as convocações, tenho feito bom trabalho, o Tite tem gostado. Estar dentro do grupo da Copa América é um objetivo, mas para isso tenho de estar bem no Everton e aproveitar bem esses amistosos. A concorrência é grande.

Nesse contexto, qual a importância dos amistosos contra Panamá e República Checa?

Para mim, todos os amistosos são importantes, independentemente do adversário. Por isso, vou chegar bem à seleção, para poder contribuir.

Tite está empolgado com seu futebol. Recentemente, disse que você cheira a gol. O que representa ter moral com o chefe?

Fico muito feliz em ouvir isso dele. Esse elogio não é à toa. Ele viu o que eu faço de melhor nos treinos e nos jogos. Eu me dedico, me empenho muito. Sempre vou buscar o gol, acho que outros técnicos que vierem a trabalhar comigo vão gostar também.

Você parece um cara tímido fora de campo. Dentro, não se intimida, não tem medo dos adversários, vai sempre em direção ao gol. O que muda?

(sobre a timidez) Depende. Se não me sinto à vontade num ambiente, fico na minha mesmo. Mas dentro de campo sempre fui assim. Estou acostumado com estádios lotados. Desde moleque eu jogava bem, era alvo de pressão, xingamentos. Já estou acostumado. Sempre vou buscar o gol.

Como vê a renovação que Tite está fazendo na seleção?

A renovação é importante, até para a próxima Copa. E jogando na Europa, a gente vai sempre evoluindo, atropelando os que vão ficando para trás e não estarão em 2022.

A que você atribui a rápida adaptação ao futebol inglês (antes, jogou um ano Watford)?

A parte física ajudou. Eu sou forte fisicamente e o futebol daqui exige muito isso.

O Everton faz campanha irregular nesta temporada. Por quê?

É normal. A gente não tem um elenco numeroso e, com o passar do campeonato, o grupo vai ficando desgastado.

Há fundamento nas notícias de que você pode se transferir para Atlético de Madrid ou Chelsea?

Eu também fico de olho nas notícias, o time tal me quer, o Manchester United tem interesse... Para mim não chegou nada. Se chegar, o Everton e o empresário vão me avisar. Estou com a cabeça no Everton (tem cinco anos de contrato).

Como surgiu a dança do pombo?

Estava de férias no Rio, jogando videogame com um amigo, fiz a dança, coloquei no Instagram e bombou. Já tinha feito a dança há três anos, mas não repercutiu. Eu não era conhecido (jogava no América-MG).

Como estão as aulas de inglês?

Bem. Tenho aula três dias por semana (total de 7 horas). Já estou conseguindo me comunicar um pouco no clube.

E a vida em Liverpool?

Fico mais em casa mesmo, jogando videogame online com o pessoal da minha cidade (Nova Venécia, no Espírito Santo). Moro com um amigo, meu empresário e a mulher dele. E comprei um cachorro (um husky siberiano) que também me faz companhia.

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