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Andrés Sánchez espera por mudanças no futebol, mas diz que não irá lutar sozinho

Redação Folha Vitória

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, deu entrevista coletiva nessa sexta-feira para falar sobre o banimento de Marco Polo Del Nero, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), do futebol. O dirigente corintiano afirmou que espera ver o futebol brasileiro mudando com a decisão e é contra muita coisa que tem sido feita, mas não pretende lutar sozinho.

"Vocês nunca falaram que eu fui o primeiro a pedir demissão da CBF. Fiquei lá por dez meses e não me enquadrei. É ruim essa decisão (banimento de Del Nero), não desejo mal para ninguém, mas espero que o futebol brasileiro mude. Eu acredito que vamos mudar", disse o dirigente alvinegro.

Andrés também demonstrou descrença na capacidade de Coronel Nunes, atual presidente da CBF, de ter o comando da entidade. "Pela minha experiência, ele não dura três meses. Quem manda é quem tem a caneta", resumiu. A partir de abril de 2019, a CBF será comandada por Rogério Caboclo, eleito há dez dias.

O dirigente afirmou ainda que não pretende brigar sozinho na tentativa de fazer as coisas mudarem. "Quando eu sai do Clube dos 13, a maioria me criticou. O Clube dos 13 era pior que a CBF. Todo mundo que está no futebol tem que ajudar, mas eu não vou comprar a briga sozinho. A experiência me diz que não dá para lutar contra a maré. Eu não vou me enquadrar, mas não vou lutar contra", explicou.

O novo mandatário da confederação foi eleito tendo o apoio das 27 federações, dos 20 times da Série B e de 17 clubes da Série A. O Flamengo se absteve do voto, o Atlético-PR não enviou representante na votação e o Corinthians votou em branco, já que Caboclo era candidato único.

"É difícil, somos o único que votou contra. Os outros 39 (times) concordaram, tenho que ficar quieto e concordar. Eles não deram golpe, é a regra do jogo. Eu não concordo, mas tenho que me enquadrar nisso e melhorar o máximo possível para o Corinthians", comentou.

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