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Nadador prevê aposentadoria no fim do ano, mas admite adiá-la se brilhar em 2018

Redação Folha Vitória

Primeiro brasileiro campeão olímpico de natação e dono de dois bronzes olímpicos, Cielo planeja se aposentar no final do ano. "Eu me vejo treinando até o final do ano. Minha meta é o Mundial de Piscina Curta (dezembro, na China). Para janeiro do ano que vem não vou prometer nada. Provavelmente depois do Mundial eu pendure minha sunga", diz o dono de 17 medalhas em sete edições de Mundiais, sendo 11 de ouro.

Os planos, no entanto, não são tão definitivos assim. Ele não descarta adiar mais uma vez a parada se obtiver bons resultados. "Os resultados podem fazer com que mude de ideia. Não vou mentir que a motivação é diferente. Não tenho a gana para acordar às 5h30 que eu tinha dez anos atrás. Mas, enquanto estiver competitivo, minha meta está na piscina ainda", afirma.

Depois de algum tempo um tanto afastado das medalhas internacionais, o atleta voltou a frequentar os pódios de Campeonatos Mundiais no final do ano passado, com a prata no 4 x 100m livre em Budapeste. O revezamento é uma prova no qual o Brasil tem chances de medalha, inclusive nos Jogos de Tóquio. Foi uma espécie de retomada após ficar fora da Olimpíada do Rio em 2016.

Em 2018, o bronze conquistado nos 50m no Troféu Brasil, antigo Maria Lenk, na semana passada, foi um resultado esperado, em sua avaliação. Bruno Fratus levou o ouro. "Foi dentro do esperado. Eu vinha sem objetivo, pois não vou para o Pan Pacífico. Meu ano está começando agora", diz o recordista mundial dos 50m, com 20s91.

O caminho na aposentadoria já está alinhavado. A sociedade em uma fábrica de produtos de natação para se tornar empresário é apenas um dos planos. Ele pretende intensificar o trabalho do coaching que oferece para os segmentos esportivo e corporativo, as clínicas de natação e o projeto social Novos Cielos, que atende 210 crianças no interior de São Paulo. "A natação vai ser minha vida. Não tem jeito. Vou continuar desenvolvendo produtos, ajudando os atletas a buscarem técnicas melhores. Se tiver que ajudar fora da água, eu não tenho o menor problema", diz o campeão olímpico.

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