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Três campeões mundiais formam o Grupo da Morte da Copa do Mundo de 2014

A primeira fase da Copa do Mundo de 2014 promete jogaços espalhados pelo território brasileiro. O sorteio para Copa do Mundo trouxe três grupos fortíssimos. Teríamos três Grupos da Morte? Nos Grupos B, D e G temos simplesmente Espanha, Holanda, Chile, Uruguai, Inglaterra, Itália, Alemanha e Portugal em ação por seis vagas nas oitavas de final do Mundial. Apesar da disputa, vamos esmiuçar o porque de italianos, ingleses e uruguaios terem um algo a mais com o que se preocupar na Copa do Mundo do Brasil.

O Grupo B, que traz a atual campeã Espanha e a vice-campeã Holanda, ainda está acompanhada da forte seleção chilena de Sánchez, Vidal e Vargas. A veterana, mas bem fraquinha Austrália completa o primeiro candidato a Grupo da Morte e terá que se contentar com o status de azarão das quatro nações listadas. Com duas sérias candidatas ao título, esse poderia ser muito bem o Grupo da Morte.

Entretanto, a Espanha não vive seu melhor momento e não sabemos como chegará ao Brasil. A Holanda impressiona pela regularidade nas Eliminatórias e pelos nomes de Robben, Sneijder, Van Persie e por causa da safra de garotos talentosos. O país laranja cria a expectativa de que vai aprontar, mas nem sempre leva para o campo o que se espera dela. O calor pode fazer a fruta azedar mais rápido que o normal. Chile pode surpreender pela boa equipe montada. Historicamente também só temos um título mundial na conta.

O Grupo G tem uma série candidata ao título, tem Cristiano Ronaldo e duas seleções de nível médio que podem criar problemas. Esse grupo pode surpreender, mas tem uma chance muito maior de trazer o que se considera mais provável. A Alemanha em campo tem os melhores nomes, o melhor conjunto. Portugal vem logo atrás. Apesar de jogar a responsabilidade para o camisa 7 do Real Madrid, a seleção do técnico Paulo Bento se entrar para decidir não deve ter problemas para avançar às oitavas de final da Copa do Mundo. Gana tem bons nomes, mas corre por fora. A experiência recente em Copas não deve contar muito contra Portugal e Alemanha. Os Estados Unidos vão enfrentar uma pedreira diante dos seus adversários e lutará contra a logística, já que será o país que mais viajará pelo território brasileiro.

O Grupo D leva três campeões mundiais: Itália, Inglaterra e Uruguai. O nível de competitividade vai ser altíssimo. As três seleções têm história, camisa, tradição e bons times que se equivalem. Muito difícil cravar quem avança a segunda fase do Mundial.

Azzurra não deve querer repetir a lastimável última apresentação em Copas do Mundo, quando foi a pior colocada em um grupo que tinha Nova Zelândia, Paraguai e Eslováquia. Como chegou a declarar o goleiro e capitão Gianluigi Buffon certa vez, a Itália é imprevisível. Para o bem ou para o mal. Vale dizer que a Squadra, que será capitaneada por Andrea Pirlo, costuma crescer em jogos grandes. A tetracampeã não vai sentir a pressão, mas não é garantia de que avançará à fase de mata-mata. Diferente da Copa do Mundo de 2010, caso a Itália caia na primeira fase não será uma zebra.

A Inglaterra chega por incrível que pareça comedida, tímida. Roy Hodgson chega com o discurso clichê de querer competir em primeiro lugar, coisa que não é do feitio do povo, imprensa e da delegação inglesa que sempre está otimista, acreditando no título. A campeã mundial de 1966 chega mais uma vez com um bom time, nada de excepcional, mas que tem totais condições de avançar ao mata-mata. 

O Uruguai teve uma campanha irregular nas Eliminatórias, mas chega renovada na Copa do Mundo. A bicampeã mundial caracterizada pela garra e entrega dos seus jogadores não deve fazer diferente no Brasil, país onde já foi campeã vencendo o anfitrião. 1950 está guardado na memória e a classificação para a Copa animou o povo uruguaio que deve ter uma grande presença de torcedores nos estádios brasileiros para acompanhar a Celeste. Time que terá Luis Suárez, Cavani e Forlán no comando de ataque. Time truncado, mas aguerrido e com o tridente de ataque que pode fazer a diferença. Uma seleção que não sente a pressão e que deve crescer quando a bola rolar.

A Costa Rica teve um azar danado. A nação do ex-atacante Wanchope chega com um time dedicado, mas com pouca experiência internacional e jogadores de qualidade para enfrentar três gigantes do futebol mundial. Apesar de correr muito por baixo, Los Ticos podem decidir quem se classifica para as oitavas. O saldo de gols contra a Costa Rica pode fazer a diferença ao fim dos jogos da Fase de Grupos.

Itália, Inglaterra, Uruguai e Costa Rica. Esse é o Grupo da Morte que promete trazer as maiores emoções nas três primeiras rodadas da Copa do Mundo. Alguém acredita em uma zebra caribenhha em terras brasileiras? Nem o mais ambicioso apostador colocaria a Costa Rica nas oitavas de final do Mundial de 2014.