Esportes

COI diz que boxe ainda corre risco de ser excluído dos Jogos de Tóquio

A modalidade passa por uma série de mudanças em seu comando após acusações de diversas irregularidades nos últimos anos.

Redação Folha Vitória


O Comitê Olímpico Internacional (COI) voltou a alertar a Associação Internacional de Boxe (Aiba) sobre a possibilidade de o esporte ficar de fora da Olimpíada de Tóquio, em 2020. A modalidade passa por uma série de mudanças em seu comando após acusações de diversas irregularidades nos últimos anos.

A Aiba enfrenta uma séria crise financeira, foi acusada de manipular resultados de combates realizados na Olimpíada do Rio, em 2016, e, agora, tem seu presidente interino, Gafur Rakhimov, enfrentando denúncias de ligação com o crime organizado nos Estados Unidos.

Em meio a tantos problemas, o COI alertou a Aiba em fevereiro para a necessidade de mudanças para garantir a manutenção da modalidade no programa olímpico. Nesta quinta, o comitê admitiu que uma reforma foi iniciada, mas explicou que será preciso acelerá-la para evitar a exclusão.

"O relatório nos mostrou algum progresso e boa vontade, mas ainda falta execução e algumas áreas precisam de mais solidez", declarou o presidente do COI, Thomas Bach. "Então, nossa preocupação sobre a integridade esportiva, financeira e de comando continuam e precisamos ver ação."

Wu Ching-Kuo foi suspenso da presidência da Aiba em novembro do ano passado, em meio aos problemas enfrentados pela entidade. Rakhimov assumiu interinamente, mas o usbeque foi acusado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos de envolvimento em tráfico de heroína.

Bach citou os "sérios problemas factuais" vividos pela entidade, mas explicou que as preocupações "não são sobre assuntos pessoais, pelo menos não apenas sobre assuntos pessoais". Diante deste cenário, o presidente do COI cravou: "Nós mantemos nosso direito de excluir o boxe do programa da Olimpíada de Tóquio em 2020".

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