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Sem acordo com a Uefa, Milan deve sofrer punição por fair play financeiro

O alto gasto em jogadores aconteceu em meio à mudança de proprietários no clube.

Redação Folha Vitória


Após longa negociação com a Uefa, o Milan não conseguiu chegar a um acordo em relação às cobranças da entidade quanto ao fair play financeiro. Por essa razão, o clube italiano deve sofrer punição ainda não anunciada pela Uefa, o que pode envolver até exclusão da próxima edição da Liga Europa.

O time italiano passou a ser investigado pelo Conselho de Controle Financeiro dos Clubes, da entidade que rege o futebol na Europa, em razão do alto investimento em jogadores na última temporada. Um dos clubes que mais comprou atletas no ano passado, o Milan gastou mais de 200 milhões de euros (cerca de R$ 870 milhões) em aquisições.

O alto gasto em jogadores aconteceu em meio à mudança de proprietários no clube. Um consórcio chinês adquiriu o clube junto a Silvio Berlusconi por US$ 800 milhões (R$ 2,9 bilhões) em abril de 2017 em meio a suspeitas sobre a estabilidade financeira do grupo chinês. Após o consórcio assumir o comando, o clube fez um empréstimo de 300 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão) junto ao fundo norte-americano de private equity Elliott.

Segundo o Milan, a Uefa quebrou regras do fair play financeiro e continuar a exibir "incertezas em relação ao refinanciamento e às dívidas a serem pagas em outubro de 2018", afirmou. A entidade disse que o Conselho de Controle Financeiro dos Clubes vai tomar uma decisão a respeito da punição ao clube "em breve".

Entre as possíveis sanções a serem aplicadas ao Milan estão limitar o gasto nas transferências de jogadores, nos salários dos atletas e no tamanho do seu elenco para as competições europeias. Além disso, há o risco de exclusão da Liga Europa, para a qual o Milan se classificou.

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