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Júlio César Oliveira bate recorde brasileiro do dardo após 6 anos

Júlio César melhorou sua antiga marca (80,05) em mais de um metro e alcançou 81,22 metros. Ainda não é índice para Mundial (82,00m) nem Olímpico (83,00m)

Redação Folha Vitória

De todas as provas do atletismo, o lançamento do dardo masculino é uma das que o Brasil tem pior nível técnico. A ponto de só um brasileiro conseguir índice para o Pan-Americano de Toronto, no próximo mês. Júlio César Oliveira chegou a ser medalhista em Mundial Júnior, em 2004, mas nunca se aproximou dos melhores do mundo no adulto. Nacionalmente, entretanto, ele sobra.

Na sexta-feira (12), bateu mais uma vez o recorde brasileiro, que era dele mesmo. Depois de seis anos, melhorou sua antiga melhor marca (80,05) em mais de um metro e alcançou 81,22 metros. Ainda não é índice para Mundial (82,00m) nem Olímpico (83,00m), mas o deixou muito perto do Mundial.

É que a marca de Júlio César garantiu a ele o título do Campeonato Sul-Americano, disputado em Lima (Peru). Pelos critérios universais, o campeão de cada prova tem direito a disputar o Mundial de Pequim, em agosto. A CBAt, entretanto, só vai convocar os campeões que forem Top 30 do ranking mundial. Júlio assume o 36º lugar e depende de a confederação abrir uma exceção.

Nas demais provas, o Brasil até conquistou medalhas (quatro de ouro, quatro de prata, três de bronze), mas não obteve marcas expressivas no primeiro dia de sul-americano. Mesmo Geisa Coutinho, que já tem índice olímpico nos 400 metros, ganhou ouro com 53s07, mas ficou longe dos 51s43 que lhe deram a vitória no Troféu Brasil. Henderson Estefani ficou com a prata na prova masculina, com 45s57, a 0s07 do índice que ele já tem.

Augusto Dutra entrou na prova de salto com vara quando o sarrafo já estava em 5,50m, errou as três tentativas, e terminou sem classificação - precisaria de 5,10m para ficar com a prata. Tânia Ferreira foi prata no salto triplo, com 13,60m, a 20cm do seu melhor salto no ano.

Na maioria das provas, o nível técnico foi muito baixo. Nos 100m, o ouro ficou com um colombiano que marcou 10s40. O único brasileiro na final foi Gustavo Machado dos Santos, que completou em 10s68, no sexto lugar, a 0s52 do índice olímpico. Entre as mulheres, Vanusa dos Santos foi bronze, com 11s60.

Nos 5.000 metros, David de Macedo ficou em sexto, com 14min12s67. Como comparação, a liderança do ranking feminino da prova é na casa de 14min14s.

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