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Mo Farah desiste de Diamond League em casa após técnico ser acusado de doping

Redação Folha Vitória

Birmingham - Principal estrela da etapa de Birmingham da Diamond League, o britânico Mo Farah desistiu de participar da competição, neste domingo. O atleta da casa, campeão olímpico dos 5.000m e dos 10.000m, deveria correr na distância mais curta em Birmingham, mas desistiu de última hora, alegando desgaste por conta da acusação de doping que cai sobre o seu técnico, Alberto Salazar. Farah não está envolvido diretamente no escândalo.

"Esta semana tem sido muito estressante e exigido muito de mim. Não pude me concentrar corretamente na prova de hoje (domingo) e depois dos incidentes dos últimos dias me sinto emocionalmente e fisicamente esgotado", explicou Farah, que vai voltar para os EUA e se preparar para o Mundial de Pequim (China), em agosto.

As acusações contra Salazar foram feitas pela BBC britânica, em reportagem em conjunto com a associação de jornalismo ProPublica, e exibidas na última quarta-feira. Salazar, nascido em Cuba mas tricampeão da Maratona de Nova York defendendo os Estados Unidos, teria comandado um esquema para burlar a legislação antidoping no Nike Oregon Project, nos Estados Unidos.

O denunciante é Steve Magness, braço direito de Salazar no projeto até 2012, que teria relatado à Agência Antidoping dos EUA (USADA) que o treinador deu substâncias dopantes ao norte-americano Galen Rupp, em 2002, quando ele tinha 16 anos. Rupp ganhou a prata nos 10.000m em Londres, perdendo apenas de Farah.

DIAMOND LEAGUE - Sem Mo Farah, a prova em Birmingham foi dominada pelos africanos, com vitória de Thomas Pkemei Longosiwa, do Quênia, com o tempo de 13min07s96. No salto triplo, dessa vez o fenômeno cubano Pedro Pablo Pichardo não competiu. O norte-americano Christian Taylor aproveitou para vencer, com 17,40m.

A etapa, assim, ficou marcada pelo 100.º sub10 (tempo abaixo de 10 segundos) da história dos 100m. O centésimo homem a alcançar tal feito é o britânico Adam Gemili, prata com 9s97. A vitória ficou com o norte-americano Marvin Bracy (9s93). Ambos fizeram as melhores marcas da vida. O americano Michael Rodgers (9s97) e o jamaicano Nesta Carter (10s00) eram os favoritos da prova e decepcionaram.

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