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Geração Gamer: 'O LoL mudou a minha vida', revela o capixaba 'micaO' da INTZ e-Sports

Pro player deixou a cidade de Vila Velha há cinco anos para se tornar um ícone do League of Legends no Brasil

Acácio Rodrigues

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Instagram

"O LoL mudou a minha vida. Sou uma pessoa famosa, é até estranho dizer isso de mim. Mas, basicamente se tornou minha profissão, é o que eu amo fazer e me tornei uma pessoa de extrema sorte de ter essa oportunidade". É dessa forma que o capixaba Micael "micaO" Rodrigues, de 22 anos, descreve seu trabalho. O pro player de League of Legends (LoL) da INTZ e-Sports falou com exclusividade ao Geração Gamer e contou sobre sua rotina.

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Você foi MVP na semana 2 do segundo split do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL). O que representa para você?

"Já fui indicado como MVP do jogo várias vezes, não é algo tão importante assim. Mas, acho que no momento que estou, a maior importância é que estou me provando de novo depois de uma fase não tão boa. Pegando MVP, tendo jogos bons, provo que estou de volta, em ótimo nível e estou melhorando. Na verdade, o que importa além de MVP é saír com a vitória".

Sua chegada ao time dos Intrépidos foi cheia de holofotes e com direito a um vídeo cheio de expectativa para apresentação aos fãs. Se sentiu pressionado? Como foi esse retorno à INTZ?

"Quando cheguei aqui, teve um vídeo falando da minha chegada, se criou toda uma expectativa e a recepção do público foi muito boa. Isso não me deixou pressionado, me sinto muito em casa aqui. O time confia muito em mim e eu confio muito no time. Sei que só preciso fazer a minha parte, não preciso fazer nada a mais. Confio totalmente no staff e nos jogadores. Sei do que sou capaz, estou retomando minha confiança e a confiança no time já tenho desde sempre".

Como é sua rotina atualmente?

"Minha rotina atualmente começa geralmente 12h15. Acordo antes disso para almoçar e ficar bem para o dia. Nossa reunião começa nesse horário e nossos blocos de treino vão de 13h às 20h, com intervalo no meio. E depois temos treino individual. Faço academia para ficar com o corpo bem e a mente acompanhar. Então, é um dia bem cheio. Não tenho tempo para fazer nada que seja além de pensar na competição".

Quando foi que começou sua paixão pelos games?

"Meu primeiro contato com game foi com Super Nintendo. No computador, foi quando vi meu irmão jogando Diablo, um jogo de RPG. O LoL comecei em 2010, faz bastante tempo. É uma paixão desde criancinha".

Como foi a decisão de sair de casa para se dedicar à vida profissional de um gamer?

"A decisão de sair de casa foi bem fácil para mim e muito difícil para minha mãe. Ela tem saudade, também sinto saudade. Estava correndo atrás da minha paixão e ela me apoiou muito. Fiquei muito feliz de ter essa oportunidade e deu tudo muito certo, graças a Deus. Devo muito à minha família. Sem o apoio deles eu não ia estar aqui".

Como é sua relação com o Maestro (técnico da INTZ)?

"Minha relação com o Maestro é muito boa, ele trabalha de uma forma muito parecida com a minha".

Você e seus irmãos chegaram a jogar em escolinha de futebol, mas um deles chegou a te zoar em entrevista dizendo que era ruim de bola. Já sabia que sua paixão era outra? Mesmo assim, ainda gosta de futebol? 

Foto: Reprodução / Instagram

"Quando era pequeno eu jogava muito futebol, mas meu talento sempre foi para os games mesmo, embora gostava muito de futebol. Meus irmãos me zoam, mas não tinha talento também (risos). Ainda gosto muito de futebol, deixo ele só para brincadeira atualmente".

O que te motiva?

"Minha motivação básica é ganhar campeonato e representar o Brasil bem. Meu sonho é esse, representar o Brasil muito bem fora daqui".

Do que mais sente saudades no Espírito Santo?

"Gostava muito de ir à praia no Espírito Santo. Mas era só isso mesmo, ia à escola, à praia e jogava (risos)".

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