Esportes

Tite quer usar a Copa América para desenvolver nova geração do Brasil

Técnico comenta plano de promover protagonismo gradual a nomes como David Neres e Everton

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A Copa América disputada dentro de casa, o favoritismo e um elenco sem Neymar. O técnico Tite quer transformar essas condições em uma oportunidade para desenvolver o futebol dos jogadores recém-chegados à seleção brasileira. Após bater a Bolívia por 3 a 0, na última sexta-feira (14), pela partida de estreia, o treinador comentou sobre o plano de utilizar a competição para lapidar novos talentos.

Os nomes mais observados por Tite são do ataque. David Neres e Richarlison, de 22 anos, e Everton, de 23, ganharam chance de atuar contra a Bolívia, no Morumbi, e segundo o técnico precisam receber o cuidado para ao mesmo tempo se desenvolverem na seleção, porém sem queimar etapas. "Temos que dar suporte maior para a eles. Que tenham alegria para jogar, que sintam a responsabilidade, mas que possam se desenvolver. Esses mais jovens precisam ter esse respaldo", comentou após a partida de estreia.

O treinador diz ter a preocupação de aos poucos renovar o elenco da seleção brasileira. O grupo de jogadores jovens conta ainda com o meia Arthur, de 22 anos, e faz Tite olhar para a Copa América no Brasil como a primeira competição de um grupo talentoso. Esses nomes, assim como titulares como Alisson, Casemiro e o próprio Philippe Coutinho terão 30 anos ou até menos na próxima Copa do Mundo.

Tite evita depositar nos jovens o papel de protagonismo. A ausência de Neymar, cortado por uma lesão no tornozelo direito, deixou a equipe sem a principal liderança técnica, porém dentro da comissão técnica a postura não é de buscar um substituto para essa função de estrela. O intuito é deixar que naturalmente algum nome surja, até mesmo de algum desses jovens.

"É por isso que temos essa mescla dos jovens com os mais 'cascudos'. Daqui a pouco vai surgir o protagonismo. Vai aparecer", comentou o treinador. Tite descarta considerar Coutinho como o grande nome da seleção brasileira após a saída de Neymar, pois para ele o processo de liderança deve ser natural. "O esporte tem mostrado que é coletivo. Claro que em um momento um jogador aparece mais. Mas o ideal é o conjunto aparecer", explicou.

A seleção brasileira volta a campo na próxima terça-feira. Na Fonte Nova, em Salvador, o compromisso será contra a Venezuela, às 21h30. Por fim, para encerrar a fase de grupos, o time de Tite encara o Peru, na Arena Corinthians, dia 22.

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