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Única representante do ES, lutadora de Guarapari conquista 3º lugar no mundial de Luta Olímpica na Hungria

Emilly dos Santos Ferreira conseguiu a vaga para o mundial durante a competição nacional em Brasília, onde se sagrou campeã

Aline Couto

Redação Folha da Cidade
Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

A lutadora Emilly tem muito que comemorar. A guarapariense de 12 anos representou o Brasil e o Espírito Santo no Campeonato Mundial Escolar Combat Games, modalidade Luta Olímpica estilo livre feminino (Wrestling Freestyle girls), realizado na semana passada na Hungria – Budapeste. Mesmo com todas as dificuldades que enfrenta para treinar e viajar, a atleta foi bronze no mundial perdendo apenas para os Estados Unidos.

A mãe da medalhista, Elisângela Germano, é só orgulho com a conquista da filha. “Emilly fez sua primeira viagem sozinha, junto apenas da Confederação Brasileira de Desposto Escolar (CBDE), porque não tinha recursos para acompanhá-la. Quase não deixei ir, só tem 12 anos. Mas ela me pediu tanto, que resolvi confiar e sonhar junto. Valeu à pena”, contou.

“Fiquei surpresa com essa colocação, aconteceu tudo muito rápido. Todas as atletas eram mais experientes que eu e tinham mais tempo de treino. Quero muito continuar treinando e competindo para um dia realizar meu sonho que é participar de uma olimpíada. Quero levar o esporte para sempre na minha vida”, declarou Emilly do Santos.

Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Aluna da Rede Municipal de Ensino de Guarapari – EMEIEF Benedita Martins de Souza e do Projeto Luta Olímpica de Guarapari, a lutadora estava treinando apenas 2h por semana no Ginásio Rio Branco, anexo ao Complexo Esportivo Maurice Santos em Muquiçaba. “Agora minha filha treina também no Projeto Alma no Ipiranga onde moramos. Ela faz judô e jiu jitsu três vezes por semana durante 1h30 por dia. Com os treinos intensificados, pode continuar sonhando com as olimpíadas”, enfatizou Elisângela.

Ainda de acordo com a mãe da atleta, Emilly não participou de outras competições por falta de apoio e patrocínio. “Já buscamos ajuda de várias formas, mas nem do município nem particular conseguimos. Minha filha perdeu algumas competições porque não pude pagar passagem ou mantê-la no local, e até mesmo para a inscrição faltou. A última que perdeu foi em Niterói, ela foi classificada mas o valor era muito alto para eu bancar sozinha”, relatou.

Ajuda

Para seguir competindo, Emilly precisa de incentivo, podendo ser apoio e patrocínio para a própria ou investimento no Projeto Alma onde treina. O local precisa de doações como quimonos e também dinheiro para luz e água, por exemplo. Assim o projeto pode continuar ajudando à lutadora e a outros atletas.

Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Mais informações: Elisângela (27) 99531-9470

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