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Confiante, técnico croata avisa: 'Não tememos ninguém. Estamos na final da Copa'

Redação Folha Vitória

Zlatko Dalic chegou para a entrevista coletiva nesta quarta-feira, após a vitória de virada sobre a Inglaterra por 2 a 1 na prorrogação, em Moscou, com a tradicional camisa da seleção da Croácia - a quadriculada em vermelho e branco. Orgulhoso, o treinador respondeu todas as perguntas com o mesmo tom confiante e, de certa forma, desafiador para a final da Copa do Mundo, neste domingo, contra a França. "Nós não tememos ninguém. Estamos na decisão da Copa".

"Ganhamos o jogo porque fomos melhores. Fomos melhores no segundo tempo, anulamos as melhores jogadas da Inglaterra, Modric e Rakitic fizeram um bom jogo. No intervalo eu apenas pedi para terem o controle do jogo, sem abaixar a cabeça, afinal sabia que éramos melhores. Esse foi o nosso melhor jogo junto com o jogo contra a Argentina", afirmou.

"A Croácia é um país pequeno que está na final da Copa. Temos coração. Queríamos jogar a final e vamos jogar. A França terá um dia a mais de recuperação, mas não vamos usar isso como desculpas, vamos para a final", ressaltou Zlatko Dalic.

O técnico também tentou explicar como seus jogadores aguentaram a terceira prorrogação seguida e como será a preparação para o jogo deste domingo. "Nossos jogadores estavam com energia. Conseguimos. Temos fisiologistas, médicos, todos ajudando. Hoje (quarta-feira) alguns jogadores estavam machucados, mas todos foram fantásticos. Tivemos dois jogadores com 'meia perna', mas eles fizeram isso. Ninguém pediu para sair, todo mundo quis jogo. Estou orgulhoso", afirmou.

"Estamos fortalecidos mentalmente. Começamos seis semanas atrás e conforme o torneio foi andando, melhoramos. Somos uma nação sem medo, estamos na final, conhecemos a França, eles têm jogadores fantásticos, mas a vamos falar disso amanhã (quinta-feira). Não vou colocar o carro na frente dos bois", comentou o treinador croata.

Assim como Ivan Perisic, Zlatko Dalic lembrou do confronto entre Croácia e França pela semifinal da Copa do Mundo de 1998. Na época, ele era volante do Hadjuk Split, um dos maiores times de seu país. "Eu fui até a França em 1998 e vi os três primeiros jogos do Mundial como torcedor", disse. "Depois, tive que voltar para me preparar para a temporada, mas esse é um jogo que todo mundo lembra na Croácia. Lembro de celebrarmos o gol de Sucker, mas depois eles deixaram tudo igual e viraram".

"Aquele jogo tem significado histórico, eram dois times que desejavam ir para a final. Agora não tem essa de revanche, apenas vamos preparar nossos jogadores para eles fazerem o melhor jogo possível", afirmou o treinador, que ainda agradeceu o apoio dos torcedores. "O que fizeram aqui foi incrível. Nem sei quantos tinham no estádio, mas contamos com esse apoio até o final".

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