Esportes

Após polêmica, Indonésia libera entrada de israelense para Mundial de Badminton

Redação Folha Vitória

Jacarta - No mesmo dia em que teve início o Campeonato Mundial de Badminton, o governo da Indonésia enfim aceitou conceder visto de entrada no país para o jogador Misha Zilberman, de 26 anos, que havia tido o visto negado diversas vezes por ser israelense. Jacarta e Jerusalém não têm relação diplomática formal.

A Indonésia, palco do Mundial de Badminton, é o mais populoso país de maioria muçulmana e, assim como diversos dos seus pares da mesma religião, apoia a Palestina no histórico conflito contra o Israel.

O Comitê Olímpico de Israel (OCI, na sigla em inglês) criticou a postura de Jacarta e a polêmica cresceu nos últimos dias. O governo da Indonésia só liberou a entrada de Zilberman no país após a interferência da Federação Internacional de Badminton.

O jogador, que esteve nos Jogos Olímpicos de Londres, estava há duas semanas em Cingapura esperando autorização para viajar a Jacarta. Esse atraso atrapalhou a preparação do atleta, mas o secretário-geral do OCI, Gili Lustig, disse que a grande vitória é conseguir a participação no Mundial. "Agora Zilberman é um embaixador do esporte de Israel", afirmou o dirigente.

Misha Zilberman viajou a Jacarta acompanhado da mãe, que também é sua treinadora. O israelense é o número 44 do mundo e, ficando fora do Mundial, poderia deixar de somar pontos importantes em busca da vaga olímpica. Um dos princípios fundamentais do olimpismo, porém, é a total independência de conflitos políticos.

BRASIL - Com o cobertor curto, a Confederação Brasileira de Badminton (CBBd) optou por não financiar a ida de atletas brasileiros para o Mundial, evento que mais dá pontos para o ranking olímpico. Entretanto, Alex Tjong e Daniel Paiola foram a Jacarta com recursos próprios.

Tjong, que faz uma "vaquinha virtual" para pagar sua ida a alguns torneios em busca de pontos no ranking, perdeu na estreia para o indiano H.S. Prannoy, número 12 do ranking mundial, por 2 sets 0: 21/12 e 21/16.

Na terça, Daniel Paiola enfrenta David Obernoster, austríaco que ocupa o 63.º lugar do ranking mundial, 12 posições à frente do brasileiro. Curiosamente, é o mesmo confronto da estreia do Mundial passado, quando o europeu levou a melhor. Até hoje, nenhum brasileiro nunca ganhou um jogo de Mundial.

Pontos moeda