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Movimento paralímpico apela para que Nuzman abra as contas do Comitê Rio-2016

Redação Folha Vitória

Rio -

O Comitê Paralímpico Internacional (CPI) recorre ao governo do presidente em exercício Michel Temer para garantir recursos suficientes ao evento, em setembro. Mas apela para que Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio-2016, abra as contas do Rio-2016, atendendo ao pedido da Justiça brasileira e, assim, abrindo caminho para que a Paralimpíada possa contar com recursos públicos.

Nesta segunda-feira, a direção da entidade foi até Brasília para se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e solicitar soluções diante da crise financeira que o evento atravessa. Pela manhã, a entidade recebeu do prefeito Eduardo Paes garantias de que receberia R$ 150 milhões.

Mas os dirigentes, liderado pelo presidente do CPI, Philip Craven, admitem que os recursos apenas serão garantidos caso o Comitê Rio-2016 abra suas contas, atendendo ao pedido da Justiça por transparência. Sem tal medida, o Poder Judiciário já indicou que não iria liberar os recursos. Nuzman se recusa a dizer como e onde gastou o dinheiro dos Jogos, argumentando que se trata de uma empresa privada.

"O obstáculo para isso é a atual decisão Judicial que impede qualquer transferência de dinheiro, salvo se o Rio-2016 torne totalmente público seus resultados financeiros", disse Craven. "Claramente, a forma mais simples e fácil de solucionar isso é de cumprir com a decisão, ser aberto e transparente e permitir que fundos adicionais entrem", afirmou.

Segundo ele, em Brasília, encontros foram realizados com representantes de Temer. O governo deu garantias de seu compromisso com os Jogos.

O Rio-2016 ainda se comprometeu a dar dinheiro para comprar as passagens dos atletas até o final do mês. "Se isso não ocorrer, vários países não poderão vir ao Rio, num evento que levou os atletas a se planejarem por anos", declarou o presidente do CPI.

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