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FPF confirma VAR nos mata-matas do Paulistão de 2019 e promete bancar seus custos

Pouco depois de ser reeleito presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) por aclamação nesta quinta-feira à tarde, na sede da entidade, em São Paulo, Reinaldo Carneiro Bastos revelou, em entrevista coletiva, que já tem uma negociação "bem encaminhada" com uma empresa para implementação da arbitragem de vídeo a partir dos jogos de mata-mata da edição de 2019 do Campeonato Paulista.

Reeleito para comandar a FPF para o quadriênio 2019-2022, o dirigente revelou que esta empresa é a mesma que foi contratada pela Fifa para utilização do VAR (árbitro auxiliar de vídeo, na sigla em inglês) na Copa do Mundo deste ano, na Rússia. E ele prometeu que este recurso será colocado em prática e terá os seus custos bancados inteiramente pela entidade estadual, que incluiu a implantação do VAR como uma das promessas do item "desenvolvimento e capacitação" do plano de gestão apresentado para este próximo período de mandato do dirigente.

Em fevereiro passado, 12 dos 19 clubes que hoje fazem parte da elite nacional vetaram, em uma votação, o uso do VAR neste Brasileirão depois que a CBF propôs dividir com os times os valores a serem pagos para que esta tecnologia fosse implementada na competição.

Agora, porém, Reinaldo Bastos adiantou que a FPF já se organizou financeiramente para poder bancar o VAR nas fases decisivas do próximo Paulistão. "Nós conseguimos valores que cabem dentro do nosso orçamento. Planejamos o orçamento do ano que vem já contando essa despesa", disse o dirigente, que garantiu: "Em 2019 vamos fazer com certeza nas quartas, nas semifinais e na final".

O anúncio da implementação do VAR aconteceu de forma oficial nesta quinta-feira depois de o jogo de volta da final do Campeonato Paulista deste ano, conquistado pelo Corinthians com vitória nos pênaltis sobre o Palmeiras, no Allianz Parque, ficar marcado por uma grande polêmica de arbitragem.

Naquela ocasião, um pênalti do corintiano Ralf sobre o palmeirense Dudu chegou a ser marcado pelo árbitro durante o segundo tempo da partida, mas o juiz voltou atrás em sua decisão após ser altamente pressionado por jogadores do time alvinegro. O Palmeiras apontou interferência externa para a marcação final do árbitro e até hoje luta, sem obter sucesso, para impugnar o segundo jogo da decisão estadual.

Com a não marcação daquele pênalti, o Corinthians sustentou a vantagem de 1 a 0 que tinha até o fim do confronto e devolveu a derrota pelo mesmo placar, sofrida em casa. Assim, levou a disputa do título aos pênaltis e acabou triunfando na casa do arquirrival.