Presidente do Santos critica Conmebol e fala em paralisar a Libertadores
José Carlos Peres, presidente do Santos, se mostrou revoltado com a decisão da Conmebol de punir o clube na Copa Libertadores pela escalação do meia Carlos Sánchez no jogo de ida das oitavas de final contra o Independiente. Ele prometeu levar o caso até as últimas consequências para garantir os direitos do clube brasileiro.
"Foi uma decisão política, injusta e lamentável. Não tenho a menor dúvida que o erro foi da Conmebol", reclamou o dirigente. "Vamos à CAS (Corte Arbitral do Esporte), à Fifa e, se for possível, vamos paralisar essa competição porque ela está desmoralizada. Nós não seremos prejudicados e vamos lutar em todas as instâncias", continuou o dirigente.
Nesta terça-feira, horas antes da segunda partida contra o time argentino, a Conmebol decidiu punir o Santos por ter escalado o atleta diante do Independiente. Com isso, o placar da partida, que terminou 0 a 0, foi alterado para 3 a 0 para os argentinos e agora o Santos precisa superar o rival, na noite desta terça, no Pacaembu, por quatro ou mais gols de diferença para avançar na Libertadores. Se fizer 3 a 0, a decisão será nos pênaltis.
O dirigente aproveitou para rebater os argumentos de que as equipes nacionais estão fragilizadas nos bastidores por causa da pouca presença da Confederação Brasileira de Futebol na Conmebol. "Não podemos ser injustos com a CBF. Ela nos apoiou desde o primeiro momento", disse.
Ele também comentou que nenhum outro dirigente de clube ligou para ele, para mostrar apoio nessa disputa. "Lamentavelmente falta união entre os clubes e acho que já passou da hora de a gente se unir. Hoje quem está mandando na Conmebol são os argentinos", explicou Peres.