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Seleção divide planejamento de ciclo e Tite vê 'pressão maior' por Copa América

Redação Folha Vitória

A novo ciclo de Tite à frente da seleção brasileira será dividido em três fases e terá sua renovação gradual dividindo espaço com uma formação mais forte voltada à conquista da Copa América de 2019, que ocorrerá entre 14 de junho e 7 de julho, em solo brasileiro. Assim, os 11 jogadores que não estiveram na Copa do Mundo da Rússia e foram chamados para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador talvez tenham menos chances a partir do início do próximo ano.

"A pressão (em ganhar a Copa América) é maior a partir do momento em que não se ganha a Copa do Mundo. O próximo passo é o mais importante", afirmou o técnico Tite após anunciar a lista de convocados na manhã desta sexta-feira, no Rio.

Antes, o coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, explicou que o planejamento para o atual ciclo foi dividido em três etapas, de curto, médio e longo prazos. "No curto prazo teremos um leque maior de observação, para potencializar a equipe para a Copa América. Vai até o final de janeiro, com três convocações", disse Edu. "O médio prazo começa no final de dezembro e vai até o final da Copa América. Serão menos observações, e mais foco na Copa América. E o longo prazo será a partir do fim da Copa América."

Edu afirmou ainda que, a partir de janeiro, as convocações deverão trazer menos novatos de seleção. E Tite explicou o critério utilizado para os amistosos do mês que vem, com 13 jogadores que estiveram na Copa e 11 que não estiveram.

"Em cada setor a gente trouxe um atleta que esteve na Copa do Mundo e um que está chegando agora", disse. "Esse é o momento para um Pedro, que pela regularidade e desempenho, fala por si só. Pelo Lucas Paquetá, pela regularidade desde o início do ano. Pro Everton, por ser o goleador do Grêmio e o melhor jogador do Campeonato Gaúcho", exemplificou Tite.

Jogadores de três equipes que disputarão as semifinais da Copa do Brasil foram convocados - Dedé, do Cruzeiro, Fagner, do Corinthians, e Lucas Paquetá, do Flamengo. Assim, eles perderão uma das partidas. O único time semifinalista a não ceder jogador foi o Palmeiras.

"Ficam prejudicadas as três equipes? Sim, ficam", comentou Tite. "Eu cheguei aqui como técnico de clube, e sei disso. A essência e minha responsabilidade é como atleta de seleção, mas tem o outro lado. Por isso decidi trazer só um (de cada)." O treinador disse ainda que "podia ter trazido também o Bruno Henrique, que está em grande fase no Palmeiras", mas que para o momento optou por outros jogadores para o meio-campo.