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De origem humilde, Adilson Silva vai em busca das tacadas certeiras no Pan

Quando tinha 17 anos, Adilson José da Silva trabalhava como caddie, aqueles profissionais que carregam as malas e os tacos de golfe dos atletas

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Instagram

Quando tinha 17 anos, Adilson José da Silva trabalhava como caddie, aqueles profissionais que carregam as malas e os tacos de golfe dos atletas. Então o rapaz de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, conheceu o bilionário Andrew Robert Edmondson, praticante da modalidade e um empresário na produção de fumo.

O golfista percebeu o talento do então garoto de origem humilde e, com o consentimento da família, levou Adilson para o Zimbábue, onde morava. Desde então a vida do brasileiro mudou radicalmente e ele começou a ficar cada vez melhor em suas tacadas. Agora, está prestes a estrear nos Jogos Pan-Americanos de Lima, nesta quinta-feira.

"Para mim, representar o Brasil em Lima é uma honra bem grande. Sinto que estou jogando bem no momento, então vou fazer muito esforço pra fazer um bom resultado", comentou Adilson, que gostaria de ser o primeiro golfista brasileiro a conquistar a medalha no Pan. "Sonho em algum dia conquistar uma medalha pelo Brasil e no Pan de Lima vai ser uma oportunidade muito grande", disse.

O gaúcho de 47 anos já venceu mais de 30 torneios em sua trajetória profissional e desde que o golfe entrou no programa olímpico ele disputou o Pan de Toronto, em 2015, e os Jogos do Rio, em 2016. Curiosamente, naquela edição na Barra da Tijuca ele teve como caddie seu mentor Andrew.

Desde que chegou a Lima, ele teve tempo de reconhecer o campo onde será disputado o torneio de golfe e já deu suas primeiras tacadas para se aclimatar. "Não é um campo muito longo, então é necessário ter uma boa precisão em cada tee de saída para ter vantagem", comentou o atleta sobre o Lima Golf Club.

Para o brasileiro, a disputa será enorme. "A competição hoje em dia é grande em todos os torneios, é difícil apontar um ou outro. No Pan teremos diversos profissionais que jogam no PGA Tour LatinoAmérica, e os americanos com amadores de ponta. Mas o golfe é uma modalidade que você só depende do próprio desempenho", avisa.

Com foco em chegar ao pódio, ele já tem sua estratégia pronta e torce para dar certo. "Vou procurar fazer meu jogo e focar no momento, em cada tacada. Às vezes é fácil perder o foco no jogo, porque a atenção está em outras coisa... Então acredito que se eu jogar como sei, posso fazer um bom resultado", garantiu.