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Nobre rompe silêncio e fala em mudanças no Palmeiras

Redação Folha Vitória

São Paulo - A crise pelos maus resultados do Palmeiras no ano do centenário, agravada pela goleada sofrida para o Goiás, já faz a diretoria assegurar a realização de intensas mudanças para salvar a equipe do rebaixamento. Em entrevista nesta terça-feira à rádio Bandeirantes, o presidente Paulo Nobre prometeu reforços e dispensas, além de esclarecer detalhes obscuros do cotidiano recente do clube, como a arrastada renovação com o volante Wesley e a conturbada relação com a construtora Wtorre.

Até a entrevista desta terça, nenhum membro da diretoria do clube havia se manifestado depois da derrota por 6 a 0 no estádio Serra Dourada, em Goiânia, no último domingo. Na lanterna do Campeonato Brasileiro e com poucas opções de reforços, o Palmeiras vai mirar em contratações emergenciais modestas. "Podemos contratar jogadores da Série B que podem suprir necessidades que o elenco tem. Vamos enxugar um pouco o elenco. É uma coisa que estávamos estudando", afirmou.

O Palmeiras conta atualmente com 39 atletas. A primeira saída foi oficializada nesta terça com a ida do volante Josimar para a Ponte Preta. De possíveis reforços, a posição mais carente é a lateral direita, onde o titular é Wendel, volante de origem, e o possível reserva imediato, Weldinho, não tem agradado e chegou inclusive a perder a posição para João Pedro, de apenas 17 anos.

Enquanto corre atrás de reforços, Paulo Nobre garantiu já ter adiantado a renovação do volante Wesley. O jogador está fora do time por se recuperar de lesão, tem contrato válido até fevereiro e interessa ao São Paulo. "O Wesley afirma textualmente que não assinou contrato com ninguém. O Palmeiras está tentando renovar o contrato dele. Já chegamos a um acordo e o contrato está pronto, só falta assinar", garantiu.

Fora as intervenções para evitar o rebaixamento, Paulo Nobre disse ter atenção especial ao término da reforma da nova arena. A principal preocupação é a convivência conturbada com a construtora responsável, a Wtorre.

A grande divergência entre as duas partes reside na interpretação do contrato sobre o direito de comercialização das cadeiras. A empresa entende poder comercializar todos os assentos, enquanto que o clube afirma que a construtora poderia comercializar apenas 10 mil cadeiras.

O conflito foi parar na câmara de arbitragem, sob responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas. "É público o problema entre Palmeiras e WTorre. Falo pouco desse assunto por orientação do nosso departamento jurídico. Mas o contrato que foi assinado em 2010 não é exatamente o que foi combinado em 2008", explicou Paulo Nobre.

Mesmo com o clima ruim, o presidente garantiu que estará no primeiro evento-teste do estádio, marcado para este sábado. Na ocasião, três mil convidados vão assistir a um documentário sobre a conquista do Campeonato Paulista de 1993. Segundo estimativa da WTorre, a inauguração do Allianz Parque será entre o fim de outubro e começo de novembro.

O presidente ainda demonstrou apoio ao trabalho do técnico Dorival Junior, reconheceu a má fase dos goleiros do time (Deola e Fábio) e se disse confiante com a manutenção da equipe na Série A. "Tenho a certeza absoluta que vamos sair dessa situação. O grupo é totalmente capaz", disse.

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