Técnico admite preocupação com julgamento do Cruzeiro
Belo Horizonte - O técnico Marcelo Oliveira admitiu nesta sexta-feira que está preocupado com o julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) sobre o caso do tumulto no último clássico mineiro, no domingo passado, no Mineirão. Oliveira teme que uma eventual punição prejudique a boa campanha do Cruzeiro na reta final do Campeonato Brasileiro.
"Trabalhamos muito durante o ano todo, em um campeonato dificílimo como é o Brasileiro, e outras competições da mesma forma, uma pressão muito grande por resultados e trabalhamos de forma leal. Por esse motivo, uma situação criada por três ou quatro pessoas e que pode ter sido até programada para prejudicar o time A ou B, a gente se vê com a possibilidade de ver todo um trabalho sendo jogado abaixo", declarou o treinador.
Cruzeiro e Atlético foram denunciados pelo STJD por causa dos incidentes ocorridos durante o clássico. Se punidas, as duas equipes correm o risco de perder até 20 mandos de campo cada uma, além de multa de até R$ 200 mil. Isso porque foram denunciados duas vezes com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) - cada infração poderia render 10 perdas de mando.
Perder a chance de jogar em casa poderia atrapalhar o rendimento do Cruzeiro na reta decisiva do Brasileirão. Jogando no Mineirão, o time faturou 10 vitórias, empatou um jogo e sofreu apenas uma derrota.
"Jogar em um estádio sem torcida, privando o torcedor, grande patrimônio do clube de não participar ou jogar em outra cidade distante, mudando completamente a logística, pode ser prejudicial sim e beneficiar aqueles que são os torcedores de verdade. Então esperamos que seja feita uma revisão nisso, porque como eu disse, pode ter sido uma situação programada para alguém fazer isso no meio de uma torcida com intenção de prejudicar o clube", afirmou Marcelo Oliveira.
O futuro do líder Cruzeiro e do arquirrival Atlético, quarto colocado do Brasileirão, será decidido pelo STJD às 13 horas da próxima quarta-feira, no Rio de Janeiro.